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Casa Branca reage a Nobel da Paz. "Nunca haverá ninguém" como Trump

A Casa Branca criticou hoje a atribuição do Prémio Nobel da Paz à líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado, defendendo que deveria ter ido para o presidente norte-americano, Donald Trump, que estava entre os nomes mais falados para receber o prémio, mas acabou por ser preterido.

Casa Branca reage a Nobel da Paz. "Nunca haverá ninguém" como Trump

© Chip Somodevilla/Getty Images

Andrea Pinto
10/10/2025 13:06 ‧ há 11 horas por Andrea Pinto

Mundo

EUA

O porta-voz da Casa Branca usou, esta sexta-feira, as suas redes sociais para mostrar o descontentamento com a escolha de María Corina Machado para o prémio Nobel da Paz, ao invés de Donald Trump.

 

"O presidente Trump continuará a fazer acordos de paz, a acabar com guerras e a salvar vidas. Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, que possa mover montanhas com a força de sua vontade", escreveu o porta-voz da Casa Branca Steven Cheung.

"O comité provou que coloca a política à frente da paz", rematou, ignorando o trabalho de Trump, a quem atribuiu "o coração de um humanitário".

O presidente dos Estados Unidos passou os últimos meses a reivindicar publicamente o Nobel da Paz, alegando mérito pelo seu papel em negociações que levaram ao fim de vários conflitos internacionais, incluindo o acordo recente entre Israel e o Hamas, que começou hoje a ser aplicado.

Em resposta, o comité norueguês do Nobel da Paz evitou comentar diretamente as declarações de Trump, sublinhando que os seus elementos permanecem "alheios a campanhas mediáticas" em torno da escolha dos laureados.

"Baseamos a nossa decisão exclusivamente no trabalho e na vontade de Alfred Nobel", afirmou o presidente do comité, Jorgen Watne Frydnes, numa conferência de imprensa em Oslo, após anunciar o prémio para Maria Corina Machado.

Prémio para rosto da oposição venezuelana

A venezuelana María Corina Machado venceu o prémio Nobel da Paz. O comité defendeu a sua escolha referindo-se ao seu trabalho "incansável a promover as direitos democráticos para o povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".

María Corina Machado vence Prémio Nobel da Paz

María Corina Machado vence Prémio Nobel da Paz

Prémio Nobel da Paz acaba de ser anunciado.

Andrea Pinto | 10:02 - 10/10/2025

"No último ano, Maria Corina Machado foi forçada a viver às escondidas. Apesar das ameaças contra a sua vida, ela permaneceu no seu país, uma escolha que inspirou milhões", refere a organização responsável pela atribuição do prémio, acrescentando, ainda, que "quando o autoritarismo toma o poder, é crucial reconhecer a coragem dos defensores da liberdade que resistem".

Trump reclamava o prémio

A divulgação do vencedor do galardão surgiu cerca de 48 horas depois de Donald Trump ter anunciado que Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas tinham chegado a acordo e aprovado a primeira fase de um plano de paz para Gaza, impulsionado pelo líder norte-americano.

Trump, que já afirmou considerar que será um insulto para os Estados Unidos se não receber o Nobel da Paz, disse na quinta-feira que o acordo alcançado entre Israel e o Hamas representa o oitavo conflito resolvido sob a sua liderança e que a guerra na Ucrânia será "a próxima" a terminar.

No mesmo dia, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que Trump merece ser galardoado.

"Deem o prémio Nobel da Paz a Donald Trump, ele merece!", escreveu Netanyahu na rede social X.

História do Nobel

Os prémios Nobel nasceram da vontade do químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel em doar a imensa fortuna para o reconhecimento de personalidades que prestassem serviços à Humanidade.

O inventor da dinamite expôs este desejo num testamento redigido em Paris em 1895, um ano antes de morrer. Os prémios foram atribuídos pela primeira vez em 1901.

Desde esse ano, 105 Nobel da Paz foram atribuídos, com um total de 142 laureados (111 indivíduos e 31 organizações). Em 19 ocasiões este prémio não foi atribuído.

Entre os laureados, 19 foram mulheres e em três ocasiões o Nobel da Paz foi partilhado por três laureados, foi o caso do ano de 1994 quando Yasser Arafat, Shimon Peres e Yitzhak Rabin foram distinguidos "pelos esforços para criar a paz no Médio Oriente".

Leia Também: María Corina Machado: "Esta é uma conquista para toda a sociedade"

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