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Crise política no Japão afeta nomeação de primeira-ministra

A nomeação de Sanea Takaichi como chefe do Executivo do Japão foi hoje posta em causa depois do anúncio de um partido minoritário da coligação governamental ter anunciado que pode abandonar a aliança política.

Crise política no Japão afeta nomeação de primeira-ministra

© Lusa

Lusa
10/10/2025 09:28 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Japão

O partido centrista Komeito, parceiro minoritário na coligação governamental do Japão, anunciou hoje que admite retirar-se da aliança com o Partido Liberal Democrático (PLD), liderado por Sanae Takaichi, apontada como primeira-ministra.

 

A causa da crise foram as notícias publicadas sobre alegados fundos secretos do Partido Liberal Democrático.

A nomeação de Takaichi prevista para o final de outubro, pode agora estar comprometida caso se verifique a rutura na coligação governamental.

"Queremos que a coligação PLD-Komeito volte à estaca zero", disse hoje Tetsuo Saito, líder do Komeito.

De acordo com a comunicação social japonesa, Saito considerou insatisfatórias as respostas de Sanae Takaichi ao escândalo relacionado com fundos secretos do PLD.

Sanae Takaichi, 64 anos, ultranacionalista, foi eleita no sábado como líder do partido conservador de direita PLD, substituindo o primeiro-ministro cessante, Shigeru Ishiba, tornando-se na primeira mulher apontada como chefe do Executivo no Japão.

O PLD tem governado o Japão quase em permanência desde 1955, apesar das frequentes mudanças de liderança.

O pequeno partido Komeito, apoiado pela organização budista japonesa Soka Gakkai, é um parceiro político de longa data do PLD.

Takaichi procurava aliados no Parlamento: tanto o PLD como o Komeito perderam a maioria em ambas as câmaras do Parlamento em 2024.

No partido Komeito também se ouviram críticas contra Sanae Takaichi por causa de supostas mudanças de postura da líder ultranacionalista face às visita ao santuário dedicado aos militares japonneses.

No passado, Takaichi realizou inúmeras deslocações ao Santuário Yasukuni, em Tóquio, dedicado aos mortos de guerra do Japão e considerado um símbolo do passado militarista do país.

A visita de Shinzo Abe a Yasukuni em 2013, a última de um primeiro-ministro em funções, provocou protestos em Pequim e Seul, além de críticas em Washington.

Os meios de comunicação japoneses noticiaram que Takaichi estava a considerar cancelar a visita ao santuário budista durante o Festival de Outono, em meados de outubro.

Leia Também: Ex-ministra deve tornar-se na primeira mulher a liderar o Japão

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