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UE quer estar presente na autoridade de transição para Gaza

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, defendeu hoje que o bloco esteja presente na autoridade de transição que deverá governar inicialmente a Faixa de Gaza, caso se chegue a um acordo de paz.

UE quer estar presente na autoridade de transição para Gaza

© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/10/2025 19:34 ‧ há 17 horas por Lusa

Em declarações à imprensa ao chegar a uma conferência ministerial realizada em Paris para analisar o que será "o dia seguinte" para Gaza, se o plano de paz proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, for concretizado, a alta representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança sublinhou que a Europa está pronta para fazer parte da autoridade de transição e lembrou que a UE é o maior doador da Palestina.

 

"Queremos fazer parte disso, somos os principais doadores para a Palestina", disse Kaja Kallas, à entrada do encontro na capital francesa, que juntou representantes de países europeus e árabes.

Nesse sentido, a representante defendeu que a UE "tem muito para trazer para a mesa de negociações por isso deveria fazer parte dela".

Salientou ainda que o plano de paz proposto pelos Estados Unidos é "a melhor oportunidade" para pôr fim ao conflito no enclave, que dura há dois anos, mas precisou que é necessário garantir que a proposta tenha realmente apoio internacional.

"Temos de planear para o dia seguinte", repetiu, sem deixar de salientar que a UE está "pronta para fazer a sua parte".

Sobre a contribuição no terreno, Kallas afirmou que Bruxelas está preparada para voltar a enviar as suas duas missões civis para Gaza: a missão de assistência fronteiriça em Rafah e a missão de apoio à polícia palestiniana.

Para tal, será necessário redefinir os seus mandatos ou prolongá-los, precisou ainda.

Israel e Hamas anunciaram na quarta-feira à noite um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.

Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.

O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.

Leia Também: UE atenta a "potenciais ameaças" em torno de exercício militar ZAPAD-2025

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