"Saúdo o acordo assinado hoje, o fim da guerra e a libertação dos reféns", disse Abbas a dezenas de representantes de organizações de promoção da paz israelitas, reunidos no palácio presidencial daquela cidade da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.
Abbas afirmou que, "há alguns meses, [o Presidente norte-americano, Donald] Trump tinha um plano para expulsar os palestinianos, mas depois esqueceu-se dele", em alusão ao conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita Hamas.
"Vamos permanecer na nossa terra natal e estabelecer um Estado palestiniano em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental", declarou, na presença do parlamentar israelita de origem palestiniana Ayman Odeh e do vice-presidente da Autoridade Palestiniana, Hussein al-Sheikh.
Entre os participantes estava também Iddo Ilam, ativista e objetor de consciência, que explicou porque optou por não servir no Exército israelita, enquanto Abbas lhe dirigiu um encorajador sinal de positivo com dois polegares.
"Pedimos um futuro diferente, a paz entre judeus e palestinianos", disse Rula Daoud, codiretora do Standing Together, um movimento israelita que visa unir as comunidades palestiniana e judaica em Israel.
Os detalhes do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas - um opositor da Fatah de Abbas - não foram discutidos durante a reunião.
O acordo alcançado durante as negociações em Sharm el-Sheikh, no Egito, inclui a libertação de todos os reféns israelitas em posse do Hamas em troca da libertação de prisioneiros palestinianos e um cessar-fogo em Gaza.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, praticamente afastou a opção de confiar à Autoridade Palestiniana, liderada por Abbas e sediada em Ramallah, a governação da Faixa de Gaza no pós-guerra.
No entanto, Hussein al-Sheikh, afirmou na rede social X que a Autoridade Palestiniana tinha concluído todos os preparativos necessários para gerir o enclave após o conflito e supervisionar a reconstrução.
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