Entre os detidos estão seis pessoas capturadas antes do cessar-fogo de 27 de novembro de 2024, que pôs fim à guerra entre o movimento xiita Hezbollah e o Exército israelita.
Segundo a mesma fonte, contactada pela agência de notícias France-Presse e que pediu para não ser identificada, alguns suspeitos admitiram ter transmitido "informações a Israel durante a guerra no sul do Líbano e nos subúrbios de Beirute", zonas consideradas bastiões do Hezbollah.
O Líbano e Israel permanecem formalmente em guerra, e qualquer contacto entre cidadãos libaneses e israelitas é punido com pena de prisão.
De acordo com uma outra fonte judicial, nove pessoas foram já julgadas pelo tribunal militar libanês, incluindo duas condenadas a oito anos de prisão e sete de trabalhos forçados.
Os condenados foram considerados culpados de "fornecer ao inimigo coordenadas, moradas e nomes de oficiais do Hezbollah", usados em ataques israelitas contra o grupo.
Outras 23 pessoas continuam sob investigação no mesmo processo.
O Hezbollah, apoiado pelo Irão, sofreu fortes perdas durante o conflito de 2024, incluindo a morte do líder Hassan Nasrallah, a 27 de setembro, num ataque israelita a um 'bunker' nos subúrbios de Beirute.
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