"Água e o saneamento são os serviços mais visíveis e mais exigidos pelos cidadãos. Aqui somos chamados a dar respostas rápidas e eficazes para a universalização do serviço de abastecimento de água e saneamento. A nossa visão é clara: avançar, passo a passo, rumo à universalização do acesso, com prioridade para as zonas rurais, urbanas e os grupos mais vulneráveis e reduzir as assimetrias na prestação do serviço público do abastecimento", disse Fernando Rafael.
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos falava hoje, em Maputo, na abertura do XI conselho coordenador deste Ministério, que decorre até sexta-feira, tendo lembrado que o Governo quer universalizar o acesso à água potável até 2029, tendo já projetado no Plano Quinquenal, construir 154 sistemas de abastecimento de água em todo o território nacional.
Os dados avançados pelo ministro indicam que o executivo vai também estabelecer, até 2029, 133 mil novas ligações domiciliárias nas cidades, vilas e zonas rurais, construir e reabilitar um total de três estações de tratamento de água, sendo duas de águas residuais das cidades da Beira e Quelimane e outra de lamas fecais em Tete, todas no centro de Moçambique.
O plano inclui ainda a reabilitação do sistema de drenagem e de proteção costeira da cidade da Beira e efetuar mais de seis mil ligações de esgoto e 680 sanitários dentre públicos, escolares e hospitalares, conforme adiantou o governante.
"A conjugação destas ações permitirá expandir o acesso a água potável com vista incrementar a cobertura nacional do abastecimento de água dos atuais 62% para 68% até 2029, beneficiando mais de cinco milhões de pessoas e a cobertura de saneamento de 37% para 47,7% no final do presente quinquénio, beneficiando adicionalmente 5,6 milhões de pessoas à escala nacional", disse Fernando Rafael.
"A nossa missão é clara: garantir água em quantidade e qualidade para todos, colocando este recurso ao serviço da vida, da economia e do ambiente, transformando cada gota num motor de desenvolvimento e esperança para os moçambicanos", acrescentou o Governante.
Em agosto do ano passado, o então Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que 63,6% da população já tinha à data acesso a água potável, havendo necessidade de reforçar através de construção de mais barragens, especialmente no norte do país.
"No início do meu mandato, em 2015, o acesso à água potável situava-se em 51%, isto é, abastecia 12,6 milhões de pessoas, mas quando nós moçambicanos éramos 20 milhões. (...) Com a implementação de vários programas, com destaque para Água para Vida, o nível de cobertura evoluiu para 63,6%, beneficiando cerca de 20 milhões em 2024", afirmou Nyusi, naquela data, durante a inauguração do sistema de abastecimento de água de Pemba, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
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