Nas últimas semanas, com o aproximar do inverno, a Rússia tem atacado instalações de eletricidade, gás e caminhos-de-ferro em várias regiões ucranianas, gerando receios de uma campanha semelhante à dos invernos anteriores, quando milhões de pessoas estiveram, por vezes, imersas na escuridão ou sem aquecimento.
"O objetivo da Rússia é semear o caos, exercer pressão psicológica sobre as pessoas, atacando as infraestruturas energéticas e ferroviárias", disse Zelensky na quarta-feira a um grupo de órgãos de comunicação social.
Zelensky destacou a "forte pressão dos ataques russos" ao setor do gás ucraniano, o que pode obrigar Kiev a aumentar as importações.
No inverno passado, os bombardeamentos russos já tinham reduzido para metade a produção doméstica de gás da Ucrânia.
No entanto, Zelensky disse ter visto "resultados positivos" na campanha ucraniana contra as refinarias russas, que provocaram o aumento dos preços dos combustíveis na Rússia desde o verão.
A Ucrânia também atacou recentemente uma central elétrica na região fronteiriça russa de Belgorod, provocando cortes de energia.
"Em relação aos nossos intensos ataques na Rússia (...), há resultados positivos", disse Zelensky, citando "a escassez de combustível de até 20% das necessidades" na Rússia.
Na linha da frente, o presidente ucraniano voltou a elogiar a contraofensiva liderada pelas suas forças em resposta a um avanço do exército russo este verão perto de Dobropillia, afirmando que esta operação "falhou a campanha ofensiva russa de verão".
Os ataques russos provocaram cortes de energia em várias regiões da Ucrânia no último fim de semana e atingiram duas locomotivas numa estação no norte do país, matando várias pessoas.
A Rússia, por sua vez, enfrentou dois ataques com drones na segunda e terça-feira, cada um envolvendo mais de 200 drones, um dos ataques ucranianos mais massivos desde 2022.
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