"O Exército iniciou os preparativos operacionais para implementar o acordo [de cessar-fogo]. Como parte deste processo, estão a ser implementados preparativos e um protocolo de combate para avançar rapidamente para as linhas de projeção ajustadas", anunciaram as Forças Armadas.
O Exército garantiu ainda que continua destacado em Gaza e está preparado para "qualquer desenvolvimento operacional".
Esta retirada deverá ocorrer antes de segunda-feira, dia em que Donald Trump anunciou que as milícias de Gaza, lideradas pelo Hamas, vão libertar os 48 reféns ainda mantidos em Gaza.
De acordo com o jornal Haaretz, esta primeira fase da retirada vai garantir que o Hamas localize os reféns, mantidos pelo seu braço armado (as Brigadas Al Qassam), mas também por outros grupos, como a Jihad Islâmica Palestiniana.
De acordo com as autoridades israelitas, cerca de 20 reféns ainda estarão vivos.
O calendário para as outras fases da retirada das tropas israelitas ainda não foi divulgado. Assim que atingirem a "linha amarela", permanecerão presentes em cerca de metade do enclave (até agora controlavam mais de 80%).
Donald Trump anunciou na quarta-feira que Israel e o movimento islamita aceitaram a "primeira fase" do seu plano de paz, que prevê a retirada parcial das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a libertação de 20 reféns ainda vivos em troca de prisioneiros palestinianos.
"Todos os reféns serão libertados muito em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada como primeiro passo para uma paz forte, duradoura e eterna", escreveu Trump na rede Truth Social.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu o acordo como "um avanço desesperadamente necessário" e apelou para a sua plena implementação, sublinhando que "é uma oportunidade para reconhecer o direito à autodeterminação do povo palestiniano e avançar para uma solução de dois Estados".
[Notícia atualizada às 08h00]
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