A medida permitia solicitar a naturalização após três anos, em vez de cinco, para as pessoas que demonstrassem uma integração particularmente bem-sucedida.
A proposta de lei tinha sido apresentado pelo anterior governo, liderado pelos sociais-democratas (SPD), que esperavam atrair mais trabalhadores estrangeiros para empregos industriais.
No entanto, o atual chanceler, Friedrich Merz, que assumiu o poder em maio com uma coligação liderada pelos democratas-cristãos de centro-direita, prometeu reverter a proposta em nome do combate à imigração ilegal.
Pouco antes da votação parlamentar, o ministro do Interior, Alexander Dobrindt, indicou que o Governo pretendia enviar um "sinal claro" sobre este assunto.
"O passaporte alemão será emitido em reconhecimento da integração bem-sucedida e não como um incentivo à imigração ilegal", defendeu.
A coligação de Merz adotou uma linha dura em relação à imigração, num esforço para combater a crescente popularidade do partido de extrema-direita AfD, que ficou em segundo lugar nas eleições gerais de fevereiro passado.
A hostilidade em relação à imigração intensificou-se nos últimos anos na Alemanha, particularmente nas regiões onde os críticos acreditam que sobrecarrega os serviços públicos.
Ao todo, 450 deputados rejeitaram a proposta de lei, incluindo os do SPD e da AfD, contra os 134 que o apoiaram.
O SPD, parceiro minoritário na coligação de Merz, justificou a posição argumentando que o processo acelerado de naturalização é raramente utilizado.
O novo Governo manteve porém alguns elementos-chave da agenda de imigração da coligação anterior.
Em particular, reduziu o prazo para um imigrante solicitar a naturalização de oito para cinco anos e autorizou a dupla cidadania na maioria dos casos.
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