A Moldova vai aumentar as suas Forças Armadas em 30% até 2030, considerando a Rússia uma "ameaça direta e séria" à sua segurança, devido à guerra na Ucrânia.
A nova estratégia militar, aprovada pelo Governo moldavo até 2035, prevê o reforço gradual do Exército para 8.500 militares e 2.000 civis, face aos atuais 6.500 efetivos.
"O orçamento do Ministério da Defesa deverá cobrir o custo do aumento gradual do efetivo", refere um documento citado pelos meios de comunicação moldavos.
As autoridades de Chisinau afirmam que a expansão do controlo russo sobre os territórios ucranianos representa uma ameaça à soberania da República e receiam que o conflito atinja as fronteiras moldavas.
A presença de tropas russas na região separatista da Transnístria é igualmente vista como um fator de risco para a estabilidade do país.
O aumento das forças armadas implicará uma subida das despesas de defesa para cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), incluindo a modernização de equipamentos e a manutenção das infraestruturas militares.
O plano prevê ainda o cofinanciamento de projetos de ajuda externa e a transição para os padrões militares da NATO e da União Europeia.
"A estratégia apoiará os esforços nacionais para aderir à União Europeia, integrando as capacidades das Forças Armadas na arquitetura europeia de segurança e defesa", sublinha o comunicado oficial.
O Exército moldavo, ainda dependente de equipamento da era soviética, tem vindo a reforçar a cooperação militar com a NATO nos últimos dois anos, medida contestada por setores pró-russos do país.
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