A ministra da Energia ucraniana, Svitlana Hrynchuk, revelou estes dados durante uma discussão com os embaixadores dos países do G7 sobre as principais necessidades da Ucrânia antes do inverno, adiantou a agência de notícias Ukrinform.
"Só hoje, enfrentámos mais de 26 ataques às nossas instalações energéticas. As regiões de Sumy, Chernigov, Kharkiv, Dnipropetrovsk, Donetsk, Odessa e Poltava estão sob fogo inimigo diário", sublinhou a ministra na rede social Facebook.
Svitlana Hrynchuk sublinhou que a principal prioridade de Kyiv é a proteção.
"Precisamos de mais sistemas de defesa aérea e de guerra eletrónica para proteger as infraestruturas críticas. Outra prioridade é o desenvolvimento de proteção física passiva, que já provou a sua eficácia", frisou.
De acordo com Hrynchuk, aumentar a produção de equipamentos energéticos é também extremamente importante.
A governante apelou aos parceiros da Ucrânia para que ajudem com equipamento adicional, não só novo, mas também usado, capaz de substituir o que foi destruído.
Outra prioridade, afirmou, é acumular reservas suficientes de gás natural, sendo vital expandir as importações, dado que a Rússia continua a visar a infraestrutura de gás da Ucrânia.
"Elaborámos uma lista de necessidades urgentes, que estamos a transmitir ao G7 para um trabalho mais detalhado com cada país-membro. Estou grata aos nossos parceiros por expressarem disponibilidade para trabalhar em soluções rápidas de que a Ucrânia necessita urgentemente", acrescentou Hrynchuk.
Na reunião estiveram também responsáveis do setor da energia da Ucrânia.
Hrynchuk já tinha realçado que os trabalhadores do setor energético da Ucrânia estavam a fazer tudo o que era necessário para evitar restrições energéticas em grande escala este Inverno.
Desde o início da ofensiva, há três anos e meio, a Rússia lança quase diariamente drones e mísseis contra a Ucrânia, que responde regularmente com ataques ao território russo.
Kyiv visa principalmente infraestruturas energéticas russas, mas os ataques são normalmente limitados a algumas dezenas de drones.
Por seu lado, Moscovo intensificou os ataques à rede elétrica ucraniana nos últimos dias, temendo-se uma campanha destinada a mergulhar o país na escuridão e a dificultar o aquecimento com a aproximação do inverno, como aconteceu em 2024.
No final de setembro, Moscovo exercia controlo total ou parcial sobre 19% de território ucraniano, de acordo com a análise da agência France-Presse (AFP) dos dados fornecidos pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), organização norte-americana.
Cerca de 7% --- a Crimeia e áreas da região industrial de Donbass --- já estavam sob controlo antes do início da invasão russa em fevereiro de 2022.
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