Netanyahu, que considera o Irão uma ameaça existencial à segurança de Israel, assegurou que o país "está atualmente a desenvolver mísseis balísticos intercontinentais com um alcance de 8.000 km [quilómetros]".
"Acrescentem mais 3.000 km [quilómetros] e eles colocam sob o seu alcance nuclear Nova Iorque, Washington, Boston, Miami e até Mar-a-Lago", a residência do presidente americano Donald Trump, declarou o primeiro-ministro israelita numa entrevista ao podcaster americano Ben Shapiro, transmitida na segunda-feira.
O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, cujo país e as suas instalações nucleares foram atacados militarmente em junho por Israel, condenou hoje estas afirmações.
"Israel tenta agora transformar as nossas capacidades de defesa numa ameaça imaginária", escreveu o ministro iraniano na rede social X.
O Irão dispõe de um vasto arsenal de mísseis balísticos desenvolvidos localmente, incluindo os Shahab-3 com um alcance de 2.000 quilómetros, capazes de atingir Israel.
Em junho, ocorreu uma guerra de 12 dias entre o Irão e Israel, desencadeada por ataques israelitas sem precedentes ao território iraniano, que visaram principalmente instalações militares, bem como outras relacionadas com o poder ou civis, e instalações ligadas ao programa nuclear iraniano.
O Irão retaliou com lançamentos de mísseis e ataques de drones contra Israel e atingiu a mais importante base americana no Médio Oriente, no Qatar.
Desde o cessar-fogo de 24 de junho, responsáveis políticos e militares iranianos receiam uma nova confrontação e dizem-se prontos, sem procurar ativamente a guerra.
Os países ocidentais e Israel acusam o Irão de procurar dotar-se de uma arma atómica. Além disso, criticam o programa balístico iraniano, em particular o desenvolvimento de mísseis capazes de transportar uma ogiva nuclear.
O Irão rejeita qualquer ambição militar no nuclear e assegura que o seu programa tem apenas fins civis, nomeadamente para energia e a investigação médica.
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