O Governo de Benjamin Netanyahu não organizou qualquer evento oficial, antes de um aniversário que, para muitos, marca a maior violação de segurança da história de Israel.
O encontro em Telavive, com a presença de familiares dos reféns --- 48 ainda estão detidos em Gaza --- foi promovido pelo movimento Kumu, formado, segundo os meios de comunicação social israelitas, por famílias afetadas pelos ataques de 07 de outubro e que procura pressionar para uma mudança na liderança de Israel.
No evento, também transmitido em direto a partir da Praça dos Reféns, centenas de milhares de israelitas respeitaram um minuto de silêncio pelas vítimas e assistiram a atuações musicais.
Netanyahu afirmou hoje, na sua primeira declaração pública desde o feriado judaico de Sucot, que o país enfrenta dias críticos para atingir os objetivos da atual ofensiva de guerra em Gaza, que completa hoje dois anos.
"Cidadãos de Israel, encontramo-nos em dias decisivos. Continuaremos a trabalhar para alcançar todos os objetivos da guerra: o regresso de todos os reféns, a eliminação do regime do Hamas e a promessa de que Gaza deixará de representar uma ameaça para Israel", destacou o gabinete de Netanyahu em comunicado.
Na segunda-feira, Israel e o Hamas iniciaram, no Egito, negociações para implementar o plano de 20 pontos apresentado por Trump.
A proposta prevê o fim imediato da ofensiva israelita, a libertação de todos os reféns em troca de prisioneiros palestinianos, o desarmamento do Hamas e a formação de um governo tecnocrático de transição na Faixa de Gaza.
O plano norte-americano contempla também, a longo prazo, o arranque de negociações para a criação de um Estado palestiniano, uma hipótese rejeitada pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
As conversações coincidem com o segundo aniversário dos ataques do Hamas em Israel, a 07 de outubro de 2023, nos quais foram mortas 1.200 pessoas e 250 foram feitas reféns.
A ofensiva israelita lançada em resposta causou, até agora, mais de 67.000 mortos em Gaza, segundo fontes locais e agências humanitárias.
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