"A empresa Linhas Aéreas de Moçambique acaba de alugar mais uma aeronave, na Ucrânia, que vai reforçar a sua frota de transporte aéreo", lê-se numa nota publicada hoje na página da rede social Facebook do Ministério dos Transportes e Logística de Moçambique.
Trata-se de uma aeronave Airbus A319 que será operada por uma tripulação ucraniana, num pacote em que está incluída também a "garantia dos serviços de manutenção e seguro", refere-se na nota.
Segundo o ministério moçambicano, a companhia de bandeira conta, atualmente, com seis aeronaves, das quais cinco alugadas e um Bombardier Q400 recentemente adquirido, a primeira em 18 anos.
Em 23 de setembro, o Governo moçambicano reconheceu dificuldades na reestruturação da LAM, mas sublinhou que o objetivo é garantir uma companhia funcional e segura, com a previsão de aquisição de cinco aeronaves até dezembro.
"Nunca dissemos que seria fácil o processo de restruturação da companhia, ainda vamos ter muitas dificuldades pela frente", disse o ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, durante uma visita de três dias à Zambézia, centro de Moçambique, quando questionado pelos jornalistas sobre consecutivas avarias num avião recentemente adquirido pela empresa.
A LAM enfrenta há vários anos problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à deficiente manutenção das aeronaves, estando atualmente num profundo processo de reestruturação.
A estatal moçambicana deixou praticamente de realizar voos internacionais já este ano, concentrando-se nas ligações internas, no âmbito do processo de reestruturação que levou também à entrada de uma nova administração em maio e das empresas públicas HCB, CFM e Emose, como acionistas.
Para minimizar os recorrentes problemas com cancelamento de voos, pretende adquirir cinco aeronaves Boeing 737-700 e avançou, enquanto aguarda esse processo, com um concurso para alugar outras cinco.
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