A polícia de Berlim indicou que a manifestação foi proibida pela autoridade competente devido à existência de uma convocatória para uma manifestação que "aprova" o ataque da organização islamita palestiniana Hamas, o que suscitou receios de que a manifestação não seria pacífica.
A manifestação deveria ter lugar junto ao relógio mundial, na praça central Alexanderplatz, sob o lema "geração após geração, até à libertação total".
Na convocatória, os organizadores aludiam ao ataque, que causou a morte de cerca de 1.200 israelitas e resultou no sequestro de outras 251 pessoas, como uma "fuga heroica" da Palestina.
"Dois anos se passaram desde que o povo de Gaza rompeu os muros da maior prisão ao ar livre. Esta fuga heroica apanhou o mundo de surpresa e abalou profundamente os alicerces do regime sionista, um pilar do controlo imperial na região", sublinhava o apelo.
Estes termos já foram condenados na segunda-feira, entre outros, pelo embaixador de Israel na Alemanha, Ron Prosor, que descreveu os manifestantes como pessoas que apoiam o Hamas.
A proibição por parte das autoridades de Berlim ainda pode ser objeto de recurso, mas, segundo a polícia, presume-se que a manifestação não se realizará.
A manifestação pró-palestiniana em Berlim não é a única convocada para hoje na Alemanha, uma vez que em Frankfurt (oeste) outra manifestação pró-Palestina foi inicialmente proibida pelas autoridades, embora os organizadores tenham recorrido com urgência da medida e um tribunal administrativo tenha decidido autorizar a ação.
Em Frankfurt, os organizadores esperam reunir cerca de 1.000 pessoas.
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