"Esperamos pelos resultados das negociações nos próximos dias relativamente ao cessar-fogo", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
"Esta questão deve, antes de mais, ser colocada a Israel. Deveria já ter posto termo às operações militares se as declarações do primeiro-ministro israelita sobre a adesão ao plano de Trump fossem verdadeiras", acrescentou.
Representantes do grupo extremista palestiniano Hamas e de Israel iniciaram na segunda-feira negociações indiretas no Egito sobre o plano proposto por Trump.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aceitou a proposta na semana passada, enquanto o Hamas concordou com algumas condições e disse querer negociar outras.
O Qatar é um dos países mediadores do conflito, juntamente com o Egito e os Estados Unidos.
O porta-voz da diplomacia do Qatar afirmou que a série de negociações em curso "é um processo no qual todas as partes estão firmemente empenhadas para chegar a um acordo".
"Mas ainda há muitos detalhes a resolver", advertiu Majed al-Ansari
As cláusulas do plano "devem ter uma interpretação concreta no terreno, o que exige, naturalmente, uma comunicação contínua", afirmou.
Al-Ansari considerou que ainda é cedo para falar sobre o futuro do escritório político do Hamas em Doha, após o ataque israelita em setembro que visou membros da delegação do grupo palestiniano no Qatar.
O país do Golfo acolhe o escritório político do Hamas desde 2012, com a anuência dos Estados Unidos, que então procuravam manter um canal de comunicação com o grupo classificado como terrorista pela maioria dos países ocidentais.
O escritório do Hamas em Damasco é necessário "enquanto houver necessidade deste canal" de comunicação, justificou Al-Ansari.
[Notícia atualizada às 13h11]
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