O responsável pró-russo local, Vladimir Saldo, disse através das redes sociais que se tratou de um ataque deliberado contra civis.
Segundo Saldo, o ataque com um aparelho aéreo não tripulado (drone) visou a estrada entre as cidades de Zavodivka e Gornostaivka, na região ocupada de Kherson, sul da Ucrânia.
Por outro lado, em Kherson, a cidade capital da região - sob controlo ucraniano -, um homem de 65 anos foi morto hoje de manhã durante um ataque com drone atribuído a Moscovo.
Entretanto, a Rússia anunciou que intercetou 209 drones ucranianos durante a madrugada de hoje acrescentando que se tratou de um dos maiores ataques de Kiev desde que Moscovo iniciou a ofensiva na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Em comunicado, o Ministério da Defesa russo indicou ter abatido drones, principalmente sobre as regiões russas de Kursk e Belgorod, que fazem fronteira com a Ucrânia.
O ministério russo informou ainda que trinta drones foram neutralizados sobre a região russa de Nizhny Novgorod, situada a leste de Moscovo e a cerca de 800 quilómetros da Ucrânia.
Nesta região, o ataque teve como alvo a zona industrial de Dzerzhinsk, onde estão instaladas várias empresas químicas, informou o governador Gleb Nikitin através das redes sociais.
Na segunda-feira, a Rússia informou ter intercetado mais de 250 drones ucranianos, enquanto um ataque ucraniano fez dois mortos na cidade de Belgorod.
Na mesma região, cerca de mil pessoas continuavam sem eletricidade na manhã de hoje, após os ataques com drones contra centrais elétricas nos últimos dois dias, segundo o governador russo Vyacheslav Gladkov.
Desde o início da ofensiva, há três anos e meio, a Rússia tem lançado drones e disparado mísseis contra a Ucrânia quase diariamente, e a Ucrânia responde regularmente atacando território russo.
Kiev tem como principal alvo as infraestrutura ligadas à produção e distribuição de energia, mas os ataques limitam-se geralmente a algumas dezenas de drones.
Por outro lado, Moscovo intensificou os ataques contra a rede de energia ucraniana nos últimos dias, aumentando o receio de uma nova campanha que visa provocar problemas no sistema de aquecimento com o aproximar do inverno.
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