"Assinalamos dois anos desde os horríveis ataques do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023. O pior ataque ao povo judeu desde o Holocausto", disse Starmer em comunicado.
"Desde esse dia terrível, muitas pessoas têm vivido um pesadelo", disse o chefe do governo britânico, prometendo continuar os esforços para repatriar os reféns britânicos mantidos pelo Hamas em Gaza e acolhendo o plano de paz norte-americano.
Estes dois anos foram também marcados por um "aumento do antissemitismo" no Reino Unido, refere, poucos dias depois da morte de dois judeus num ataque a uma sinagoga em Manchester (noroeste).
"As comunidades judaicas também sofreram um aumento do antissemitismo nas nossas ruas", incluindo em Manchester, no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico.
"Isto mancha a nossa identidade, e este país permanecerá sempre unido e firme contra aqueles que semeiam o mal e o ódio contra as comunidades judaicas", acrescentou o líder britânico.
No domingo, cerca de 3.000 pessoas reuniram-se no centro de Londres para marcar o aniversário, agitando bandeiras israelitas e britânicas e cartazes de reféns.
O ataque do movimento extremista palestiniano Hamas em outubro de 2023 contra Israel matou 1.219 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.
Os militantes do movimento, considerado terrorista pelos países ocidentais, fizeram ainda 251 reféns, 47 dos quais permanecem em Gaza. Destes, o exército israelita afirma que 25 morreram.
A ofensiva retaliativa israelita matou mais de 67 mil palestinianos nos últimos dois anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde em território controlado pelo Hamas, que as Nações Unidas consideram credíveis.
Israel acusa o Hamas de usar civis palestinianos como escudos, escondendo os seus guerrilheiros entre a população e em edifícios civis, incluindo escolas e hospitais.
O Hamas faz parte de uma rede suportada financeira e materialmente pelo Irão, conhecida por "Eixo da Resistência", que inclui também o Hezbollah (Líbano), Jihad Islâmica Palestiniana (Territórios Palestinianos), Huthis (Iémen) e ainda as Forças de Mobilização Popular e as milícias da Resistência Islâmica no Iraque.
Tal como o Irão, estes movimentos fundamentalistas não reconhecem a existência de Israel e advogam a sua destruição.
Leia Também: Famílias de vítimas do 7 de outubro cumprem minuto de silêncio