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Chicago e Illinois recorrem à justiça para impedir Trump de enviar tropas 

As autoridades de Chicago e do estado norte-americano do Illinois recorreram hoje aos tribunais para impedir o Presidente, Donald Trump, de enviar tropas para a cidade, horas após um juiz bloquear o envio da Guarda Nacional para Portland, no Oregon. 

Chicago e Illinois recorrem à justiça para impedir Trump de enviar tropas 

© Leon Neal/Getty Images

Lusa
06/10/2025 23:52 ‧ há 20 horas por Lusa

Mundo

EUA

Na sua campanha contra a imigração ilegal, a administração Trump retratou cidades como Chicago e Portland - entre outras governadas por democratas -como devastadas por conflitos e sem lei, o que as autoridades de Illinois e Oregon afirmam não corresponder à realidade e não justificar uma intervenção militar, que aumenta tensões. 

 

O processo hoje apresentado alega que são "ilegais e perigosas" as medidas da "guerra declarada pelo presidente Trump contra Chicago e Illinois", onde o governador, JB Pritzker, e as principais autoridades são do Partido Democrata, na oposição aos republicanos. 

"O povo americano, independentemente do local onde reside, não deve viver sob a ameaça de ocupação pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, especialmente porque a liderança da sua cidade ou estado caiu em desgraça junto do Presidente", refere o processo. 

JB Pritzker disse que cerca de 300 soldados da Guarda Nacional do estado seriam requisitados pelo governo federal e enviados para Chicago, juntamente com outros 400 do Texas. 

O possível envio equivaleria a uma "invasão de Trump", adiantou o governador, que pediu ao homólogo republicano do Texas, Greg Abbott, para a bloquear.  

Contudo, Abbott já se manifestou favorável aos argumentos de Trump. 

A Casa Branca anunciou no fim-de-semana o envio de 300 soldados para Chicago, horas depois da justiça federal ter bloqueado pela primeira vez o envio de tropas para Portland, citando o que chamou de "contínuos distúrbios violentos e ilegalidade". 

As tensões com as rusgas policiais à imigração em Chicago e arredores aumentaram nas últimas semanas, com protestos a serem repelidos na maior parte dos casos com gás lacrimogéneo e detenções de cidadãos norte-americanos. 

No sábado, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, disse numa mensagem na rede social X que os agentes federais estão a ser alvo de violentos ataques. 

Uma cidadã norte-americana foi baleada em Chicago por agentes da imigração depois de alegadamente lhes ter apontado uma arma. 

Em Portland, no Oregon, os manifestantes concentram-se há vários dias em frente às instalações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês). 

Uma juíza federal bloqueou, pelo menos durante 14 dias, a mobilização de pelo menos 200 soldados da Guarda Nacional do Oregon para Portland, concluindo que Trump estava provavelmente a abusar do poder que lhe é atribuído pela Constituição. 

Karin J. Immergut - uma juíza nomeada pelo atual Presidente - disse que os protestos não representam "perigo de rebelião" e podem ser controlados pelas "forças policiais regulares".   

O Presidente reagiu mobilizando no domingo na vizinha Califórnia e depois do Texas tropas da Guarda Nacional para o Oregon, levando mais tarde Immergut a uma segunda decisão de bloqueio.

A juíza deu no domingo provimento a uma ordem de restrição temporária solicitada pela Califórnia e pelo Oregon, impedindo o envio de tropas da Guarda Nacional para este estado. 

Immergut manifestou mesmo perplexidade com a decisão do Presidente para contornar a sua deliberação inicial.

O presidente norte-americano ordenou anteriormente o envio de tropas para Los Angeles, Califórnia, Washington DC, e Memphis, Tennessee, aumentando a presença de militares e de forças de agências federais em cidades governadas pelos democratas. 

Um juiz federal na Califórnia determinou que o envio de tropas para Los Angeles, o primeiro ordenado pelo Presidente republicano para reprimir os protestos contra a imigração, era ilegal. 

Leia Também: Trump admite estado de emergência para destacar militares nos EUA

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