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Putin transmite a Netanyahu apoio a Estado palestiniano em acordo de paz 

O presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu hoje ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, numa conversa telefónica, o apoio do Kremlin a uma solução para o conflito israelo-palestiniano com base no reconhecimento do Estado da Palestina. 

Putin transmite a Netanyahu apoio a Estado palestiniano em acordo de paz 

© MIKHAIL METZEL/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
06/10/2025 21:00 ‧ há 21 horas por Lusa

"Vladimir Putin enfatizou a firme posição da Rússia a favor de uma solução abrangente para a questão palestiniana com base em princípios jurídicos internacionais estabelecidos", informou o Kremlin em comunicado após a conversa. 

 

A situação no Médio Oriente, adianta, foi discutida "em profundidade", incluindo o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para o fim do conflito na Faixa de Gaza. 

Na passada quinta-feira, Putin declarou no Clube de Debates de Valdai que a Rússia está pronta para apoiar "em termos gerais" o plano de Trump para a Faixa de Gaza. 

Ainda na conversa com Netanyahu, afirmou a presidência russa, as partes trocaram opiniões sobre outras questões regionais, "tendo em particular sido manifestado interesse em procurar soluções com base em negociações sobre o programa nuclear iraniano e a futura estabilização da Síria". 

Netanyahu aproveitou a oportunidade para felicitar Putin pelo seu aniversário, que se assinala na terça-feira, enquanto o líder russo felicitou o povo judeu pela celebração do feriado do Sucot. 

A televisão estatal egípcia indicou hoje que as conversações indiretas entre Israel e o Hamas sobre o plano de paz de Trump já estão a decorrer em Sharm el-Sheikh, onde já chegaram as duas delegações. 

Na estância balnear egípcia no Sinai, as reuniões indiretas, que ocorrem na véspera do segundo aniversário do ataque do Hamas a Israel - o que desencadeou a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza -, visam discutir o plano de Trump, que prevê um cessar-fogo no enclave palestiniano e a libertação dos reféns ainda mantidos em cativeiro pelo grupo extremista. 

Nas negociações devem participar emissários norte-americanos encarregados de aplicar o plano apresentado por Trump a 29 de setembro. 

"Peço a todos que avancem rapidamente", declarou Trump, depois de enviar para o Egito o seu emissário Steve Witkoff e o seu genro, Jared Kushner. 

Apesar das negociações, os bombardeamentos israelitas prosseguem na Faixa de Gaza. 

Segundo um alto responsável do Hamas, a delegação do movimento extremista palestiniano reuniu-se hoje de manhã, mas no Cairo, com os mediadores egípcios e qataris, antes do início das negociações diretas. 

Estas conversações "incidirão sobre as modalidades do cessar-fogo, da retirada das forças israelitas (de Gaza) e da troca" de reféns por prisioneiros palestinianos detidos por Israel, precisou a mesma fonte à agência francesa AFP. 

No domingo, o Hamas manifestou vontade de "iniciar imediatamente o processo de troca". 

O movimento exigiu "a paragem de todas as operações militares israelitas na Faixa de Gaza", segundo uma fonte próxima do processo. O Hamas "porá fim às suas operações militares" ao mesmo tempo, referiu ainda a mesma fonte. 

Na resposta ao plano Trump, o Hamas declarou na sexta-feira estar disposto a libertar todos os reféns "para pôr fim à guerra e garantir a retirada total de Israel de Gaza". 

Os esforços dos mediadores (Estados Unidos, Egito e Qatar) não conseguiram até agora alcançar um cessar-fogo duradouro em Gaza. 

Duas tréguas anteriores, em novembro de 2023 e no início de 2025, permitiram o regresso de reféns ou a recuperação de corpos em troca de prisioneiros palestinianos. 

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. 

A retaliação de Israel já provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis. 

A ofensiva israelita também destruiu quase todas as infraestruturas de Gaza e provocou a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas. 

Leia Também: "Atualização do sistema" atrasou alerta sobre ataques de 7 de outubro

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