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Le Pen defende dissolução da Assembleia Nacional após demissão de Lecornu

A dirigente histórica da extrema-direita francesa Marine Le Pen defendeu hoje a dissolução da Assembleia Nacional como "absolutamente incontornável", após a demissão do primeiro-ministro de França, poucas horas após a formação do seu Governo.

Le Pen defende dissolução da Assembleia Nacional após demissão de Lecornu

© Lusa

Lusa
06/10/2025 11:56 ‧ há 20 horas por Lusa

Mundo

França

"A dissolução é absolutamente incontornável", disse a líder do grupo União Nacional à Assembleia Nacional, acrescentando que seria "sensato" que o presidente francês, Emmanuel Macron, se demitisse, uma opção que foi anteriormente afastada pelo chefe de Estado.

 

O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.

Nomeado em 09 de setembro, Lecornu foi alvo de críticas por parte dos opositores e da direita depois de revelar parte do seu Governo na noite de domingo, o terceiro num ano.

Lecornu deveria apresentar a sua declaração de política geral à Assembleia Nacional francesa na terça-feira.

A demissão de Lecornu abriu caminho para diferentes cenários, incluindo a convocação de eleições antecipadas em França.

Tudo isto ocorreu apenas 13 horas depois de o Presidente da República ter anunciado, no domingo à noite, a composição de um Governo em que Lecornu estava a trabalhar desde a sua nomeação em 09 de setembro, após a queda do seu antecessor, François Bayrou.

Por trás da surpreendente demissão de Lecornu está a posição de um dos seus aliados, o partido conservador Republicanos, cujo líder, Bruno Retailleau, manifestou no domingo à noite a sua insatisfação com a composição do novo Governo, no qual esperava ter uma maior presença. Retailleau havia convocado para hoje uma reunião do seu partido para decidir se abandonava o Governo.

A escolha de ministros por parte de Lecornu foi criticada particularmente pela sua decisão de trazer novamente o ex-ministro das Finanças, Bruno Le Maire, para o Ministério da Defesa. Outros cargos importantes permaneceram praticamente inalterados em relação ao anterior gabinete.

Esta ameaça dos Republicanos de abandonar o Executivo, a concretizar-se, tornaria praticamente impossível a sua continuidade do Governo de Lecornu, dado que não tinha maioria parlamentar.

Leia Também: Le Pen quer eleições e avisa que pode censurar o novo primeiro-ministro

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