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Rússia condena ataque dos EUA a barco em águas das Caraíbas

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, assegurou hoje "o amplo apoio e solidariedade" da Rússia "aos líderes e ao povo da Venezuela, no contexto atual", e condenou o recente ataque norte-americano a um barco nas Caraíbas.

Rússia condena ataque dos EUA a barco em águas das Caraíbas

© REUTERS/Evgenia Novozhenina/Pool

Lusa
05/10/2025 19:08 ‧ há 1 dia por Lusa

Mundo

Rússia

Na sequência de uma conversa telefónica com o homólogo venezuelano, Yván Gil, hoje realizada, Lavrov "condenou veementemente o novo ataque levado a cabo pelas forças norte-americanas a 03 de outubro contra um navio em águas internacionais perto da Venezuela", que fez quatro mortos.

 

Os dois ministros manifestaram profunda preocupação com a escalada das ações de Washington nas Caraíbas, "com consequências graves para a região", segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de Lavrov, citado pela agência espanhola de notícias Efe, no termo da conversa entre ambos.

Segundo o comunicado, Rússia e Venezuela temem que os Estados Unidos queiram "interpretar de forma ampla a resolução recentemente adotada pelo Conselho de Segurança da ONU, para reorganizar a Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti numa Força de Supressão de Gangues".

Segundo a diplomacia russa, esta interpretação procura "concentrar a atenção no combate ao narcotráfico venezuelano, que supostamente alimenta o crime organizado na região".

Lavrov e Gil concordaram em manter uma estreita cooperação bilateral e coordenar ações em fóruns internacionais, principalmente na ONU.

Os Estados Unidos mantêm pelo menos oito navios de guerra e um submarino de ataque rápido perto da costa venezuelana sob o pretexto de combater o narcotráfico, mas Caracas denuncia-o como uma tentativa de promover uma "mudança de regime" e impor "governos fantoches".

No Telegram, Gil informou que, no âmbito da presidência russa do Conselho de Segurança da ONU, falou por telefone com Lavrov, a quem informou que "setores políticos dos Estados Unidos" procuram "justificar uma deslocação militar" e colocar "a estabilidade do continente em risco".

"Recebemos a plena manifestação de apoio e solidariedade do governo russo à Venezuela, assim como o seu compromisso de preservar a América Latina e as Caraíbas como Zona de Paz", afirmou Gil.

Na passada terça-feira, o parlamento venezuelano, controlado pelas forças chavistas, aprovou um projeto de parceria estratégica e cooperação entre o país sul-americano e a Rússia, embora não tenham sido adiantados detalhes.

Em 18 de setembro, o parlamento de Caracas realizou a sua primeira discussão sobre este projecto, que foi apresentado, segundo o representante chavista Roy Daza, num contexto que "tem a ver com o novo momento da geopolítica mundial".

Daza afirmou então que o tratado "exige" um "diálogo político de alto nível" em termos de cooperação, assim como "o direito internacional, o respeito pela soberania, a solução pacífica de controvérsias, o respeito pelos direitos humanos e a autodeterminação dos povos".

Leia Também: Nicolás Maduro pede "apoio especial" do Papa para "consolidar paz"

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