"É claro que compreendo a insegurança", disse Boris Pistorius numa entrevista ao jornal Handelsblatt hoje divulgada, acrescentando, porém que os drones observados "não representaram uma ameaça concreta".
"Temos meios para reagir", acrescentou o ministro social-democrata, "mesmo que ainda não tenhamos todas as capacidades que gostaríamos para combater".
O aeroporto de Munique suspendeu o tráfego aéreo na sexta-feira, pela segunda noite consecutiva, após um novo alerta de drones. O exército alemão auxiliou a polícia no local na deteção dos drones observados no local.
O tráfego aéreo foi retomado no sábado no aeroporto de Munique, que informou hoje no seu portal na internet que ainda havia ainda algumas pequenas "repercussões" nos voos.
A origem dos drones não pôde ser determinada, segundo as autoridades alemãs.
Estes tipos de incidentes aumentaram recentemente na Europa, com os membros da União Europeia (UE) a suspeitarem que a Rússia esteja por trás destes sobrevoos a partir de locais sensíveis.
Apesar da sua intervenção em Munique, "a Bundeswehr [Forças Armadas] não pode estar presente em todos os locais da Alemanha onde os drones parecem derrubá-los", alertou o ministro.
É "muito mais decisivo" dar mais poderes à polícia regional e a infraestruturas críticas, como centrais elétricas e aeroportos, para "agirem [contra os drones] até uma certa altitude", disse o ministro alemão.
Pistorius manifestou também o seu apoio à revisão das leis de segurança da aviação, que terá início na quarta-feira sob a liderança do ministro do Interior, Alexander Dobrindt.
O objetivo seria permitir que o exército alemão abatesse drones. Até agora, só a polícia tem autoridade para o fazer, e apenas em casos de ameaça grave.
A Alemanha anunciou também a criação de um "centro antidrone" no final de setembro, após casos de drones a sobrevoar locais sensíveis no norte do país.
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