"Abram as passagens e parem com os massacres", "Gaza, perdoa-nos", "Os marroquinos estão com a Palestina", gritava a multidão em uníssono enquanto marchava por uma das principais artérias do centro da capital marroquina, noticia a agência noticiosa France Presse (AFP).
Muitos manifestantes usavam "keffiyehs" e transportavam bandeiras palestinianas e marroquinas, enquanto outros seguravam cartazes onde se lia "salvar as crianças" ou "parar de matar Gaza à fome".
Os manifestantes responderam aos apelos de várias organizações, incluindo uma coligação de partidos islamistas e de esquerda.
"A guerra atingiu um nível de horror sem precedentes. Estamos a assistir a um genocídio dos palestinianos", disse à AFP um dos manifestantes, Mohamed Baraka, de 56 anos.
Os manifestantes mostraram também a sua rejeição pela normalização das relações de Marrocos com Israel, no final de 2020.
Fatima-Zahra El Mouloua, de 27 anos, explicou que se estava a manifestar "também para fazer ouvir a sua voz contra a normalização".
Várias manifestações de grande escala têm ocorrido no reino alauíta desde o início da guerra em Gaza, em apoio aos palestinianos, mas também para exigir a revogação da normalização das relações entre Marrocos e o Estado de Israel.
Rabat pediu oficialmente "o fim imediato da guerra", sem questionar a normalização.
Dois anos depois do ataque do Hamas a 07 de Outubro de 2023, os negociadores israelitas e do Hamas são esperados no Cairo, para conversações indiretas sobre o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, de pôr fim à guerra em Gaza e garantir a libertação dos reféns.
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