"Não avançaremos com nenhum dos artigos do plano até que a libertação dos reféns, vivos e mortos, e a sua transferência para território israelita seja concretizada", declarou Netanyahu durante um fórum, citado pelo Canal 12 de Israel.
Esta é considerada a primeira e mais importante questão entre os 20 pontos do plano de paz para Gaza apresentado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
Israel e o Hamas vão iniciar na segunda-feira, na cidade egípcia de El-Arish, as negociações sobre o plano de Trump, que parece extremamente complexo.
Embora o movimento palestiniano tenha declarado a sua disponibilidade para libertar todos os reféns, exigiu que a troca fosse acompanhada simultaneamente por um cessar-fogo e por uma retirada parcial inicial do exército israelita das suas atuais posições no enclave, particularmente em torno da Cidade de Gaza.
Em contrapartida, Netanyahu insistiu hoje em estabelecer um calendário para a implementação do acordo.
O Ministro da Defesa israelita, Israel Katz, foi ainda mais taxativo, alertando o Hamas que os reféns serão libertados de uma forma ou de outra.
"Se o Hamas se recusar a libertar os reféns, as Forças de Defesa de Israel (FDI) intensificarão o seu fogo até que o Hamas seja derrotado e o regresso de todos esteja garantido", declarou durante a sua visita a um memorial às vítimas da guerra de 1973 contra o Egito e a Síria, conhecida como Guerra do Yom Kippur.
O Ministério da Saúde de Gaza informou, num comunicado, que o número de mortos na ofensiva israelita no enclave subiu para 67.139 e outras 169.583 pessoas ficaram feridas desde 07 de outubro de 2023.
Nas últimas 24 horas, segundo o Ministério de Gaza, 65 pessoas morreram e 153 feridos chegaram aos hospitais que ainda estão em funcionamento no enclave palestiniano.
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