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Papa alerta contra discriminação de imigrantes à chegada a portos seguros

O Papa Leão XIV afirmou hoje que os imigrantes "não podem nem devem encontrar o estigma da discriminação" à chegada a um local ou porto seguro, falando durante a missa do Jubileu dos missionários e migrantes.

Papa alerta contra discriminação de imigrantes à chegada a portos seguros

© Lusa

Lusa
05/10/2025 12:56 ‧ há 6 horas por Lusa

"Irmãos e irmãs, essas embarcações que esperam avistar um porto seguro onde se deter e esses olhos cheios de angústia e esperança que procuram uma terra firme onde chegar, não podem nem devem encontrar a frieza da indiferença ou o estigma da discriminação", afirmou o pontífice durante a homilia.

 

Leão XIV presidiu hoje a uma missa na Praça de São Pedro, no Vaticano, por ocasião do Jubileu dedicado ao mundo missionário e aos migrantes, com milhares de peregrinos, entre imigrantes e refugiados, vindos de dezenas de países de todo o mundo.

O pontífice norte-americano, que durante muitos anos foi missionário no Peru, explicou que a missão permite levar a fé "àqueles que vivem uma história difícil e ferida", como os imigrantes.

"Penso de modo particular nos irmãos migrantes, que tiveram de abandonar a sua terra, muitas vezes deixando os seus entes queridos, atravessando noites de medo e solidão, sofrendo na própria pele a discriminação e a violência", afirmou.

Neste sentido, assegurou que a Igreja vive atualmente uma nova época missionária, cujas fronteiras já não são geográficas, mas de âmbito afetivo e social.

Durante muito tempo, reconheceu, a missão significava "partir" para terras longínquas que não rezavam a Deus ou se encontravam em situação de extrema pobreza, mas agora, segundo o Papa, o objetivo é aliviar "o sofrimento e o desejo de uma esperança maior".

Por essa razão, afirmou, os imigrantes não podem encontrar à chegada a um local seguro a indiferença ou a discriminação.

Leão XIV encorajou em particular a Igreja europeia a dar um "novo impulso missionário", oferecendo "o seu serviço às terras de missão, novas propostas e experiências vocacionais capazes de suscitar este desejo, especialmente entre os jovens".

Ainda na homilia, Leão XIV apelou à pacificação do Médio Oriente, defendendo a continuação dos "passos significativos" nas negociações de paz em Gaza dos últimos dias, receando o surgimento do "ódio antissemita" no mundo.

"Expresso a minha preocupação pelo surgimento do ódio antissemita no mundo, como infelizmente vimos no atentado terrorista de Manchester", afirmou o pontífice norte-americano antes da oração do Angelus.

De seguida, o Papa manifestou também o seu pesar pelo "imenso sofrimento suportado pelo povo palestiniano em Gaza" e saudou a abertura de uma negociação indireta entre Israel e o grupo islamita Hamas para pacificar o enclave.

O pontífice apelou a todos os responsáveis envolvidos "a comprometerem-se nesse caminho, com o cessar-fogo e a libertação dos reféns".

Por fim, exortou os fiéis a manterem-se unidos na oração, "para que os esforços em curso possam pôr fim à guerra e conduzir a uma paz justa e duradoura".

Leia Também: "Este ano, devemos escolher quem servir: a Deus ou ao dinheiro", diz Papa

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