A porta-voz da Presidência norte-americana, Abigail Jackson, confirmou no sábado que Trump autorizou o envio para Chicago de membros da Guarda Nacional do Estado de Illinois, citando o que chamou de "contínuos distúrbios violentos e ilegalidade".
O governador de Illinois (centro-leste), J.B. Pritzker, disse que recebeu um ultimato da Casa Branca, algo que considerou "absolutamente ultrajante e anti-norte-americano".
As tensões com as rusgas policiais à imigração em Chicago e arredores aumentaram nas últimas semanas, com protestos a serem repelidos na maior parte dos casos com gás lacrimogéneo e detenções de cidadãos norte-americanos.
No sábado, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, disse numa mensagem na rede social X que os agentes federais estão a ser alvo de violentos ataques.
Uma cidadã norte-americana foi baleada em Chicago por agentes da imigração depois de alegadamente lhes ter apontado uma arma.
A situação não é menos tensa na costa de Portland, no Oregon, onde os manifestantes têm vindo a manifestar-se há vários dias em frente às instalações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês).
Mas uma juíza federal bloqueou, pelo menos durante 14 dias, a mobilização de pelo menos 200 soldados da Guarda Nacional para Portland, concluindo que Trump estava provavelmente a abusar do poder que lhe é atribuído pela Constituição.
Karin J. Immergut - uma juíza nomeada pelo atual Presidente - disse que os protestos não representam "perigo de rebelião" e podem ser controlados pelas "forças policiais regulares".
Em 28 de setembro, o Presidente anunciou a decisão de enviar tropas e a sua autorização para o uso da "força total" em Portland, uma cidade que afirmou estar "devastada pela guerra".
A governadora do Oregon, Tina Kotek, falou com Trump no final de setembro e disse que a mobilização era desnecessária.
"Não há insurreição, não há ameaça à segurança nacional e não há necessidade de tropas militares na nossa grande cidade", declarou Kotek, antes de pedir ao público que "não morda o isco", envolvendo-se em violência ou vandalismo.
O Presidente norte-americano ordenou ainda o envio de tropas para Los Angeles, Califórnia, Washington DC, e Memphis, Tennessee, aumentando a presença de militares e de forças de agências federais em cidades governadas pelos democratas.
Um juiz federal na Califórnia determinou que o envio de tropas para Los Angeles, o primeiro ordenado pelo Presidente republicano para reprimir os protestos contra a imigração, era ilegal.
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