As manifestações acontecem três dias antes do segundo aniversário dos ataques do Hamas em território israelita, que deixaram 1.200 mortos e 251 sequestrados.
Na chamada Praça dos Reféns, em Telavive, milhares de pessoas juntaram-se, como fazem todos os sábados, para ouvir as famílias dos 48 reféns (cerca de 20 vivos) que permanecem no enclave palestiniano, bem como os israelitas que foram libertados pelo Hamas numa das duas tréguas acordadas nos últimos dois anos.
A manifestação de hoje ocorreu depois de o Hamas ter concordado, na sexta-feira, em negociar o plano para pôr fim à guerra proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e aceite por Israel.
"Sei que o caminho ainda é longo e cheio de obstáculos, mas hoje posso dizer que, pela primeira vez desde a minha libertação, ouvi declarações que nos podem dar alguma esperança. É tempo de cessar-fogo e focar-nos no regresso de todos os reféns e no fim da guerra", disse o ex-refém Gadi Moses num discurso partilhado pelo Fórum das Famílias de Reféns.
Sheva Yahalomi, viúva de Ohad Yahalomi e mãe do ex-refém Eitan, afirmou que é necessário terminar este "capítulo terrível" da história de Israel para que juntos possam sarar feridas, e acrescentou que tal só acontecerá com a libertação dos reféns.
"[Benjamin] Netanyahu, o povo de Israel quer este acordo. Não destruam a esperança de trazer os reféns para casa. Para vocês, podem ser apenas reféns, mas para mim, este é o meu filho, a minha vida", disse Einav Zangauker, mãe do refém Matan Zangauker, ao primeiro-ministro israelita.
Houve também manifestações noutras cidades, como Haifa (norte) e Jerusalém, segundo imagens partilhadas pelos organizadores. Foram vistas pessoas disfarçadas de Donald Trump e manifestantes que transportavam cartazes com slogans como "Quanto sangue será derramado?", "Todos os olhos em Trump", "Basta" e "Parem a guerra".
Leia Também: Centenas de nova-iorquinos homenageam "espírito inquebrável" do povo de Gaza