A Coordenação Galega, responsável pela organização do protesto, aponta para a presença de 1.000 manifestantes, mas os números oficiais da polícia referem 800 pessoas.
O protesto começou pelas 10:30 (hora local, menos uma em Lisboa) na Rua Gran Castelao e terminou junto ao Gran Hotel, onde foi lido um manifesto.
Os manifestantes, que alegam que Olmert não é um homem de paz, nem um moderado, gritaram palavras de ordem como: "Israel assassina, a Europa patrocina" ou "Não é uma guerra, é um genocídio".
A sétima edição do Fórum de La Toja abordou temas como a defesa dos direitos humanos, a economia social, o comércio livre, a democracia e a defesa do multilateralismo.
O ex-primeiro ministro de Israel Ehud Olmert disse hoje que a paz no Médio Oriente "está mais próxima do que muitos pensam" e defendeu que a criação de dois Estados é a única "solução política" para o conflito, numa intervenção no Fórum La Toja -- Vínculo Atlântico, que hoje termina na ilha de La Toja, na Galiza, Espanha.
"Haverá um Estado palestiniano nos territórios que muitos israelitas acreditam que lhes pertencem. Se quisermos superar o ódio, as inseguranças, temos de estar preparados para abdicar de algo que foi nosso. Porque há uma causa superior: a paz. É algo superior ao vínculo emocional com uma parte do território", sustentou o ex-primeiro-ministro de Israel (2006 e 2009).
Olmert falava numa conversa com Samer Sinijlaw, ativista político palestiniano, subordinada ao tema Gaza: a paz é possível?.
O ativista defendeu que "não há outra opção que não seja a paz", mas para isso "tem de haver uma mudança".
O diálogo decorreu sem grandes referências ao plano de paz proposto por Trump, depois de o movimento islamita palestiniano Hamas ter dito hoje que aceita alguns elementos do plano de paz do Presidente norte-americano e de Israel ter anunciado que se prepara para implementar o plano "de forma imediata", embora o exército israelita continue a ofensiva na cidade de Gaza.
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