"Outros 137 provocadores da flotilha Hamas-Sumud foram hoje deportados para a Turquia", afirmou o ministério israelita num comunicado publicado na rede social X.
"Israel procura acelerar a expulsão de todos os provocadores", acrescentou o texto, especificando que "alguns deles estão a obstruir deliberadamente o processo legal de expulsão".
O ministério israelita afirmou que os expulsos hoje do país eram cidadãos dos Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Suíça, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Marrocos, Kuwait, Líbia, Malasia, Mauritania e Tunísia.
137 more provocateurs of the Hamas–Sumud flotilla were deported today to Turkey.
— Israel Foreign Ministry (@IsraelMFA) October 4, 2025
The deportees are citizens of the United States, Italy, the United Kingdom, Jordan, Kuwait, Libya, Algeria, Mauritania, Malaysia, Bahrain, Morocco, Switzerland, Tunisia, and Turkey.
These…
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo português, contactado pela Lusa, disse que ainda não tem data nem hora previstas para o regresso de portugueses, presentes na flotilha.
A equipa jurídica da Flotilha Global Sumud em Israel confirmou hoje que se reuniu com 80 participantes, de um total de mais de 400 detidos, antes das audiências judiciais e afirmou que foram realizadas 200 audiências entre quinta e sexta-feira "sem aviso prévio aos advogados" e, por isso, "sem a assistência da ONG Adalah, responsável pela defesa".
De acordo com um comunicado desta ONG, "as audiências continuam" e os advogados estão na prisão na cidade de Ktziot, onde estão detidos "centenas de membros da flotilha".
Israel afirma que a flotilha é apoiada pelo Hamas.
A Flotilha Global Sumud foi intercetada pelos israelitas quando se aproximava da costa da Faixa de Gaza, onde Israel conduz uma ofensiva devastadora em retaliação por um ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023.
Centenas de ativistas a bordo destes barcos foram detidos pelas forças israelitas e aguardavam a deportação.
A Turquia anunciou que 36 dos seus cidadãos regressariam a casa na tarde de hoje a bordo de um voo especial.
Na sexta-feira, Israel já tinha expulsado quatro ativistas italianos.
A flotilha partiu no mês passado, levando políticos e ativistas, incluindo quatro portugueses -- a atriz Sofia Aparício, a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e Diogo Chaves -, como a sueca Greta Thunberg.
Descrevendo-se como "pacífica", a flotilha afirmou que queria "romper o bloqueio de Gaza" e prestar "ajuda humanitária a uma população sitiada que enfrenta a fome e o genocídio".
A Marinha israelita começou a intercetar barcos na quarta-feira, e uma autoridade israelita disse na quinta-feira que barcos que transportavam mais de 400 pessoas foram impedidos de chegar ao território palestiniano.
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