Na sexta-feira, o movimento islamita palestiniano Hamas declarou estar disposto a libertar todos os reféns, mas disse querer discutir o plano. Já Israel anunciou que está a preparar-se para implementar "imediatamente" a primeira fase do plano.
"Acolhemos com satisfação estas declarações, pois indicam disponibilidade para libertar todos os reféns e adotar uma abordagem construtiva durante esta fase crítica, que exige que todos exerçam o mais alto nível de responsabilidade nacional", afirmou o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, citado pela agência palestiniana Wafa.
Para Abbas, importa agora haver um "compromisso imediato" de cessar-fogo, para além da libertação dos reféns e da entrega de ajuda humanitária.
A proposta apresentada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, prevê que Gaza seja liderada por um Governo de transição temporário, até que a Autoridade Palestiniana conclua o seu programa de reformas.
O presidente da ANP sublinhou ainda que a soberania sobre a Faixa de Gaza pertence ao Estado da Palestina.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, saudou hoje a disponibilidade do Hamas para libertar os reféns, defendendo que este é um "passo significativo", e pediu a "implementação imediata" do plano de paz.
"Há agora uma oportunidade para pôr fim aos conflitos, trazer os reféns para casa e garantir que a ajuda humanitária chega àqueles que dela necessitam com tanta urgência", referiu, citado pela agência EFE.
Starmer disse ainda que o Governo britânico está preparado para apoiar futuras negociações entre israelitas e palestinianos para alcançar uma "paz sustentável".
Já para França, a resposta do movimento Hamas permite o "progresso em direção ao fim da guerra em Gaza e à libertação imediata de todos os reféns".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de França instou hoje, em comunicado, as partes a implementarem, sem demora, o plano de paz, saudando os esforços dos mediadores.
O Governo francês garantiu ainda estar pronto para continuar a trabalhar com os EUA, Israel, Palestina e restantes parceiros para contribuir para o fim do conflito.
Para além da criação de um Governo de transição, supervisionado por Trump e pelo ex-primeiro-ministro Tony Blair, o plano apresentado, na segunda-feira, por Washington determina o fim imediato da guerra e a libertação dos reféns.
O documento prevê ainda a desmilitarização da Faixa de Gaza.
Em 07 de outubro de 2023, Israel declarou uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.
Leia Também: Israel continua a bombardear Gaza após anúncio do Hamas e apelo de Trump