As equipas de resgate conseguiram recuperar nove corpos na noite de sexta-feira, elevando o número de mortos para 14, disse o chefe da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, na sigla em indonésio), Suharyanto, aos jornalistas.
"Até hoje, ainda estamos à procura de 49 pessoas desaparecidas", disse Suharyanto, citado pela televisão indonésia Kompas TV.
A identificação das vítimas tem sido complicada porque a maioria era menor de idade e não tinha documentação oficial nem impressões digitais.
Além disso, alguns corpos foram encontrados em condições que não permitiram que fossem identificados por familiares.
Mais vítimas poderão ser encontradas, admitiu Suharyanto, à medida que as equipas de resgate começaram a utilizar equipamentos pesados, como gruas, para remover os escombros.
As equipas de resgate já removeram quase 40% dos escombros provocados pelo desabamento.
A operação de resgate foi complexa porque as vibrações numa área podem afetar outras áreas, disseram as autoridades.
As famílias dos desaparecidos, no entanto, concordaram na quinta-feira que as máquinas pesadas poderão ser utilizadas após o período de 72 horas, geralmente considerado o limite máximo para a sobrevivência, expirar.
Na quinta-feira, o chefe da BNPB tinha admitido que não foram detetados quaisquer sinais de vida sob os escombros da escola.
"Utilizámos equipamento de alta tecnologia, como drones térmicos, e cientificamente não havia sinais de vida. Tínhamos dado tempo à equipa conjunta [de busca] até esta manhã caso houvesse sinais de vida, mas não havia nenhum", disse Suharyanto.
A escola islâmica, situada a 30 quilómetros da cidade de Surabaya, no leste da ilha de Java, desabou sobre centenas de pessoas, a maioria adolescentes, que realizavam as orações da tarde de segunda-feira num salão.
O Al Khoziny, um internato islâmico centenário, na província de Java Oriental, estava a passar por uma expansão não autorizada.
Os alunos eram, na sua maioria, rapazes do 7.º ao 12.º ano, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. As alunas estavam a rezar noutra parte do edifício e conseguiram escapar, disseram sobreviventes.
O salão de orações tinha dois andares, mas estavam a ser construídos mais dois sem autorização, segundo as autoridades.
A polícia disse que os alicerces do antigo edifício aparentemente não conseguiram suportar mais dois andares de betão e desabaram durante o processo de betonagem.
No início de setembro, três pessoas morreram e duas ficaram feridas num incidente semelhante, na província vizinha de Java Ocidental, quando um edifício desabou durante o apelo à oração.
Em 2018, 75 pessoas morreram também quando um mezanino desabou na Bolsa de Valores de Jacarta.
Leia Também: Homem indonésio resgatado com "sintomas de dispneia" ao largo da Madeira