O navio 'Boracay' seguiu rumo ao sudoeste e nele viajam o capitão e o seu primeiro imediato, ambos de nacionalidade chinesa, que tinham sido detidos inicialmente, quando efetivos da Marinha abordaram a embarcação nesta quarta-feira. O primeiro deles será julgado em Brest, em fevereiro, informa o jornal 'Liberation'.
Enquanto a França realçou que as ações tomadas contra o petroleiro eram uma demonstração da pressão sobre as estruturas que a Rússia utiliza para financiar a sua guerra contra a Ucrânia, o presidente Putin denunciou que o petroleiro foi capturado "em águas neutras" e "sem qualquer motivo", embora suspeite que procuram "material bélico".
A França alegou que a abordagem sustentou-se nas "inconsistências" que o pessoal a bordo demonstrou quanto à nacionalidade do navio e à sua falta de bandeira, embora tenha sido divulgado que içava a do Benim (país africano).
A imprensa francesa informou que a embarcação partiu de um porto russo com destino à Índia e transportava ilegalmente produtos petrolíferos, num esforço para contornar as sanções impostas a Moscovo desde o início da invasão da Ucrânia, há mais de três anos e meio.
Além disso, o navio incluído na 'lista negra' da UE, Canadá, Suíça, Nova Zelândia e Reino Unido por fazer parte da conhecida como 'frota das sombras', através da qual a Rússia estaria a utilizá-lo para comercializar o seu petróleo, evitando assim as sanções.
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