Este é também o número mais alto da União Europeia (UE). Em 2010, apenas 600 mil refugiados viviam na Alemanha.
O diretor e Fundação Rockwool (RFBerlin), Christian Dustmann, saudou o anúncio do ministro do Interior alemão, Alexander Dobrindt, de que os requerentes de asilo teriam acesso ao mercado de trabalho após três meses.
"Considero isso muito positivo. Estudos mostram claramente que longos procedimentos de asilo sem acesso ao mercado de trabalho têm sérias consequências negativas para a integração. Além disso, é difícil entender porque é que solicitantes de asilo frequentemente bem qualificado são privados da oportunidade de contribuir com seu potencial para o mercado de trabalho alemão num estágio inicial", pode ler-se no comunicado.
"O aumento do número de refugiados na Alemanha foi impulsionado principalmente por sírios a partir de 2015 e ucranianos a partir de 2022", destacou o codiretor do Centro de Investigação e Análise da Migração da RFBerlin, Tommaso Frattini.
No entanto, em 2024 o número total de novos pedidos de asilo na Alemanha caiu para 230 mil em comparação com 330 mil em 2023.
Em termos de proporção de refugiados na população, a Alemanha ocupa o terceiro lugar na UE com 3,3%, atrás da República Checa, com 3,6%, e do Chipre com 4,7%.
"Um número particularmente elevado de refugiados vive também na Polónia, onde 1,1 milhões de pessoas encontraram refúgio, a maioria delas provenientes da Ucrânia. A França ocupa o terceiro lugar, com cerca de 720 mil refugiados", lê-se num comunicado da fundação alemã.
No total, o número de refugiados na UE aumentou para 7,8 milhões no ano passado, em comparação com 7,4 milhões em 2023. Este número é quase oito vezes superior ao de 2014, quando cerca de 1,2 milhões de refugiados viviam na União Europeia.
O relatório foi compilado com base em dados do Eurostat e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
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