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RSF acusa Israel de deter mais de 20 jornalistas da flotilha

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) acusou hoje as forças israelitas de terem detido mais de 20 jornalistas internacionais durante a interceção da flotilha de ajuda internacional que viajava para Gaza e exigiu a sua libertação imediata.

RSF acusa Israel de deter mais de 20 jornalistas da flotilha

© Alain Pitton/NurPhoto via Getty Images

Lusa
03/10/2025 11:44 ‧ há 9 horas por Lusa

"Prender os jornalistas e impedir o seu trabalho constitui uma grave violação do direito de informar e ser informado. A RSF condena a detenção ilegal de profissionais dos media a bordo destas embarcações para cobrir uma operação humanitária", disse o chefe do departamento de crise da RSF, Martin Roux, em comunicado divulgado na quinta-feira à noite.

 

De acordo com a organização que defende a liberdade de imprensa, com sede em Paris, seguiam cerca de 20 jornalistas a bordo de vários navios que integravam a flotilha, entre os quais espanhóis (do jornal El País), qataris (do canal de televisão Al-Jazeera), italianos (da estação pública RAI), turcos (dos meios de comunicação públicos TRT) e franceses (do jornal L'Humanité).

A flotilha 'Global Sumud', composta por quase 50 embarcações, juntou políticos e ativistas -- entre as quais quatro portugueses -, e partiu de Espanha em setembro com o objetivo de quebrar o bloqueio israelita ao território palestiniano devastado pela guerra e em situação de fome.

Na noite de quarta-feira, a Marinha israelita começou a intercetar os navios depois de alertar as tripulações de que estavam a entrar em águas reivindicadas por Israel.

Mais de 400 ativistas a bordo de 41 navios da flotilha foram detidos durante uma operação que durou aproximadamente 12 horas, informou uma autoridade israelita na noite de quinta-feira.

"As várias redações [dos órgãos de comunicação social que estavam presentes nos navios] não tiveram notícias dos seus jornalistas", informou a RSF, referindo que os profissionais "estão provavelmente detidos pelas forças israelitas no porto israelita de Ashdod, a meio caminho entre Telavive e a Faixa de Gaza".

Desde o início da guerra em Gaza, em 2023, que a imprensa internacional não tem permissão para operar livremente no território palestiniano.

Segundo a organização, apenas alguns órgãos de comunicação social "cuidadosamente selecionados por Israel" entraram no território com o exército israelita, estando as suas reportagens sujeitas a uma rigorosa censura militar.

A RSF contabilizou mais de 210 jornalistas mortos desde o início das operações militares israelitas em Gaza, em retaliação pelo ataque de 07 de outubro de 2023 em território israelita levado a cabo pelo grupo islamita Hamas.

Leia Também: Flotilha. Ativistas portugueses ainda não "conseguiram falar com família"

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