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Uma das vítimas de Manchester poderá ter morrido após disparo da polícia

O Departamento da Polícia de Manchester explicou que a autópsia mostra que uma das vítimas tem ferimentos de bala, e, para já, a investigação dá conta de que o suspeito, Jihad Al Shamie, não tinha uma arma de fogo.

Uma das vítimas de Manchester poderá ter morrido após disparo da polícia

© Getty Images/Peter Byrne/PA Images

Ana Teresa Banha
03/10/2025 10:59 ‧ há 10 horas por Ana Teresa Banha

Uma das quatro pessoas que morreu no ataque de quinta-feira a uma sinagoga em Manchester, no Reino Unido, poderá ter morrido na sequência de um disparo da polícia.

 

A informação é avançada pelo Departamento da Polícia de Manchester, que, numa nota publicada nas redes sociais, explica os resultados desta primeira autópsia.

"Foi determinado, provisoriamente, que um dos mortos tem um ferimento de bala", lê-se na nota, na qual é depois explicado que "acredita-se, por agora, que o suspeito, Jihad Al Shamie, não tinha uma arma de fogo e que as únicas pessoas a dispararem foram os agentes" num esforço para prevenir que "mal fosse feito à comunidade judaica".

Para além desta vítima mortal, que não é identificada, uma das três pessoas hospitalizadas foi também atingida a tiro". "Fomos avisados pelo hospital que uma das três vítimas que estão a receber tratamento hospitalar também sofreu um ferimento de bala, mas não corre perigo de vida", adiantam as autoridades.

O Departamento da Polícia de Manchester refere ainda que a investigação, que ainda está em vigor, aponta que estas duas vítimas estariam "ao lado uma da outra atrás da porta da sinagoga" no momento que os agentes dispararam.

O ataque (e os detidos)

O ataque aconteceu na manhã de quinta-feira, mas hoje o Reino Unido foi colocado em alerta máximo para garantir a segurança da comunidade judaica. Note-se que o local tinha particularmente muitas pessoas devido à celebração de Yom Kippur, o feriado mais sagrado do judaísmo.

O agressor investiu com o carro que conduzia contra pessoas que se encontravam em frente ao edifício, antes de sair do veículo e esfaquear várias delas.

Abatido pela polícia no local, foi identificado como Jihad Al-Shamie, um britânico de origem síria de 35 anos, que nunca tinha sido sinalizado por extremismo.

Três suspeitos, dois homens com cerca de trinta anos e uma mulher com cerca de sessenta, foram detidos e colocados sob custódia policial, segundo a agência de notícias France-Presse.

As vítimas mortais, Adrian Daulby, 53 anos, e Melvin Cravitz, 66, eram membros da comunidade judaica de Manchester e residiam no bairro onde se situa a sinagoga de Heaton Park. Desde o ataque, as autoridades reforçaram a segurança junto aos locais de culto e outros espaços comunitários judaicos.

Membros da comunidade judaica de Manchester, uma das mais importantes do Reino Unido, manifestaram-se preocupados com a segurança.

"É inacreditável, mas ao mesmo tempo sabíamos que era algo que podia acontecer. Toda a gente na comunidade tem consciência disso", disse à AFP Alex, um empresário de 31 anos que frequenta a sinagoga de Heaton Park.

Aryeh Ehrentreu, 56 anos, que frequenta outra sinagoga no mesmo bairro, afirmou que o antissemitismo se tornou "mais frequente", sobretudo desde o ataque do Hamas em Israel, em 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.

O grande rabino do Reino Unido, Ephraim Mirvis, deverá deslocar-se durante o dia a Manchester, onde o dispositivo policial em torno da sinagoga enlutada permanecia ativo hoje de manhã. O primeiro-ministro, Keir Starmer, visitou também o local.

[Notícia atualizada às 11h29]

Leia Também: Reino Unido em alerta máximo após ataque em mesquita de Manchester

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