"Amy Pope e o papa sublinharam a necessidade de cooperação internacional para dar resposta à realidade da migração "colocando as pessoas, e não as políticas, no centro", afirmou a agência das Nações Unidas num comunicado.
"Os traficantes estão a ganhar enquanto o povo sofre, e muitas pessoas são forçadas a embarcar em barcos inseguros, arriscando as suas vidas pela falta de alternativas", declarou a diretora-geral, que partilha com o líder da igreja Católica a nacionalidade norte-americana.
Durante a reunião, ambos concordaram em salientar que a migração, gerida de forma segura e responsável, é uma oportunidade para gerar renovação, crescimento e solidariedade, e não um peso.
A audiência com o sumo pontífice foi o ponto final de uma viagem de dois dias de Amy Pope a Itália, onde também visitou a ilha de Lampedusa, destino frequente de migrantes resgatados, e reuniu-se com autoridades locais.
O antecessor de Leão XIV no papado, Francisco, é lembrado pela sua defesa da dignidade dos migrantes, algo que foi destacado pela OIM após a sua morte.
"A sua primeira viagem fora de Roma, em 2013, levou-o a Lampedusa, onde homenageou as pessoas migrantes que perdiam a vida a atravessar o Mediterrâneo, e denunciou ali o que chamou de 'globalização da indiferença', apelando ao mundo para "não desviar o olhar do sofrimento humano", recordou então a OIM.
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