As autoridades britânicas classificaram o ataque desta quinta-feira a uma sinagoga de Manchester como “incidente terrorista”.
“Com base no que sabemos, a polícia antiterrorista declarou este incidente como terrorista”, disse o comissário adjunto Laurence Taylor, chefe nacional da polícia antiterrorista, em declarações à imprensa, citado pelo The Guardian.
O responsável detalhou que o agressor foi morto pelas autoridades, que já apuraram a sua identidade. Contudo, o chefe da polícia da Grande Manchester, Stephen Watson, considerou ser “prematuro” divulgar o nome do responsável publicamente.
Taylor, por seu turno, salientou que houve duas detenções, ao mesmo tempo que apontou que o ataque à comunidade judaica no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, é “devastador”.
Já Watson confirmou que dois judeus morreram no incidente e garantiu que as investigações estão “a avançar rapidamente”.
“Após uma resposta rápida, agentes armados intercetaram o agressor, que foi baleado sete minutos após a chamada original”, disse.
O responsável indicou que o agressor não conseguiu entrar na sinagoga e que quem estava no edifício abrigou-se no interior até que fosse seguro sair. Além de ter realçado que o ataque terá um “impacto significativo” em todas as comunidades do país, Watson apelou a que o público em geral não partilhe imagens e vídeos online.
“Há famílias e comunidades em luto no centro de tudo isto na Grande Manchester e além”, recordou.
Além dos três mortos, que incluem o agressor, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, na sequência de um atropelamento e esfaqueamento no norte de Manchester, na Congregação Hebraica de Heaton Park, pouco depois das 9h30 (a mesma hora em Lisboa).
O agressor, que envergava um colete com o que aparentavam ser explosivos, foi impedido de entrar na sinagoga pela equipa de segurança e pelos membros da congregação.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse estar “horrorizado”. Segundo fonte governamental britânica, o líder trabalhista vai encurtar a presença na cimeira europeia que decorre em Copenhaga e voltar a Inglaterra.
Leia Também: Guterres condena ataque terrorista mortal em sinagoga de Manchester