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"Saudades". Casal que se conheceu na guerra volta à Ucrânia com 1.º filho

O casal de jovens brasileiros que se conheceu online e que se voluntariou para combater na guerra da Ucrânia regressou este mês àquele país, depois de ter dado as boas-vindas ao primeiro filho.

"Saudades". Casal que se conheceu na guerra volta à Ucrânia com 1.º filho

© g_ostrowski27

Notícias ao Minuto
02/10/2025 16:03 ‧ há 1 dia por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O casal de jovens brasileiros que se conheceu online e que decidiu voluntariar-se para servir na guerra na Ucrânia, onde se encontrou oficialmente, regressou este mês àquele país, depois de ter dado as boas-vindas ao primeiro filho, que nasceu em Santa Helena, no oeste do Paraná, no Brasil.

 

"Voltámos porque estão à espera dele. Vai operar drones, não vai para a linha da frente. Também pode tornar-se comandante ou treinar o pessoal, porque já é veterano", contou Adriane Marschall Pereira, de 21 anos, ao g1.

"Vai ser uma experiência nova", complementou o namorado, Gustavo Ostrowski, de 22 anos.

Os jovens, que regressaram ao Brasil em janeiro deste ano, voltaram à Ucrânia a 27 de setembro, com o seu filho de três meses.

Gustavo deverá participar em missões em várias regiões do país, tendo confessado que ainda não sabe quanto tempo é que a família permanecerá na Ucrânia.

Recorde-se que Gustavo, que é natural de Santa Helena, decidiu voluntariar-se em janeiro de 2024, quando já conversava com Adriane nas redes sociais. Seis meses depois, a jovem de Santa Tereza do Oeste também rumou até à Ucrânia.

"Decidi ir para lá para conhecê-lo. Mesmo que não funcionasse, pelo menos aproveitaríamos. Sempre gostei do meio militar, principalmente das armas", disse Adriane ao g1, na altura.

Cerca de dois meses depois de se voluntariar – e de ter passado por treinos rigorosos – a jovem descobriu que estava grávida.

"Faltando três dias para a minha missão no campo de batalha, descobri que estava grávida. Não podia ir mais", contou.

Nessa linha, Adriane afastou-se das zonas de combate e passou a atuar como intérprete de português e de espanhol para as famílias dos soldados, até o regresso ao Brasil. Contudo, Gustavo confessou que sentia "saudades da guerra".

"Sinto saudades da guerra, quero voltar para a Ucrânia, voltar para as missões. Mas ela não vai como voluntária, vai viver na cidade mais próxima do batalhão em que eu servir", explicou.

Já Adriane considerou que a forma de educar as crianças na Ucrânia é semelhante à do Brasil, pelo que concordou em criar o seu filho numa "cidade tranquila, enquanto o Gustavo participa nas missões".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil sublinhou ao g1 que tem havido um aumento crescente no número de brasileiros que morrem ou que ficam em dificuldades quando interrompem as suas missões junto de exércitos estrangeiros, pelo que recomendou que as propostas de trabalho para fins militares sejam recusadas, uma vez que a ajuda consular pode ser limitada, tendo em conta os contratos assinados entre os voluntários e as forças armadas do país em questão.

Leia Também: Conhecem-se online, encontram-se na guerra da Ucrânia e têm 1.º filho

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