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Hamas pede repúdio dos "povos livres" por interceção de flotilha

O grupo palestiniano Hamas qualificou hoje como "um ato criminoso" a interceção da flotilha internacional que se dirigia para Gaza pelas forças israelitas e apelou para manifestações de repúdio dos "povos livres do mundo".

Hamas pede repúdio dos "povos livres" por interceção de flotilha

© Lusa

Lusa
02/10/2025 13:00 ‧ há 3 horas por Lusa

"A intercetação dos barcos da flotilha em águas internacionais e a detenção dos ativistas e jornalistas a bordo constitui um ataque traiçoeiro e um ato de pirataria e terrorismo marítimo contra civis", denunciou o grupo extremista num comunicado.

 

A operação soma-se ao "negro historial de crimes" de Israel e inflamará "ainda mais" a indignação dos povos de todo o mundo, disse o Hamas, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

As forças israelitas detiveram os membros da flotilha, entre os quais a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte, numa operação realizada de madrugada.

As autoridades israelitas disseram que os detidos serão levados para Israel para serem deportados.

O Hamas apelou para que cidadãos de todo o mundo organizem manifestações de repúdio.

Trata-se de "ativistas internacionais que estavam numa missão humanitária urgente para entregar ajuda" à população da Faixa de Gaza, "submetida ao genocídio e à fome sistemática durante dois anos", denunciou.

"Saudamos a coragem dos ativistas e a determinação em romper o cerco contra o nosso povo", disse o grupo, que controla Gaza desde 2007.

O Hamas pediu também que a ONU e a comunidade internacional assumam "responsabilidades legais e morais", juntando-se à condenação do assalto à flotilha e tomando "medidas urgentes" para proteger os ativistas e as embarcações.

Israel foi acusado de genocídio pela ofensiva na Faixa de Gaza de retaliação pelo ataque que sofreu do Hamas em 07 de outubro de 2023.

Também o governo da Autoridade Palestiniana, com sede em Ramallah, na Cisjordânia, condenou Israel pela operação contra a flotilha.

"O Estado da Palestina condena o ataque e a agressão de Israel contra a Global Sumud Flotilla, em violação das leis e normas internacionais", declarou a diplomacia palestiniana num comunicado citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano destacou que Israel violou "a Convenção sobre o Direito do Mar, outros princípios humanitários e os Direitos Humanos dos participantes que iam a bordo".

O ministério manifestou-se "seriamente preocupado" com a segurança e bem-estar dos "mais de 470 participantes" na flotilha, pelos quais responsabilizou as autoridades israelitas.

"Tentavam entregar ajuda humanitária a uma população cercada, bombardeada e a morrer de fome, alvo de um genocídio", afirmou.

Disse que a flotilha "é uma iniciativa pacífica e civil, cujo objetivo é romper o bloqueio desumano e ilegal da Faixa de Gaza e pôr fim à política de fome e genocídio de Israel, em conformidade com o Direito Internacional".

O ministério reiterou que Israel "não tem autoridade nem soberania sobre as águas territoriais palestinianas, que se estendem a Gaza, nem sobre as águas internacionais".

Disse também que a flotilha "tem direito a uma passagem livre em águas internacionais" e que Israel não deve interferir com a liberdade de navegação "amplamente reconhecida pelo Direito Internacional".

Insistiu que a flotilha tem autorização "para navegar em águas territoriais palestinianas para entregar ajuda humanitária".

"Aplaudimos os valentes participantes [na iniciativa] pela determinação em romper o cerco de Israel e pôr fim ao genocídio, ao mesmo tempo que apelamos à comunidade internacional para que lhes conceda proteção", acrescentou.

Desconhece-se o número exato de embarcações intercetadas por Israel.

A ofensiva israelita em Gaza já matou mais de 66.100 palestinianos, incluindo 151 crianças vítimas de fome e desnutrição, segundo as autoridades controladas pelo Hamas.

A ofensiva seguiu-se ao ataque do Hamas em Israel de há dois anos, que causou 1.200 mortos e 251 reféns, de acordo com as autoridades.

Leia Também: Governo confirma quarto cidadão português na flotilha

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