Questionados duas vezes sobre as notícias da detenção dos ativistas, entre eles a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE) e deputada única do partido, Mariana Mortágua, e a atriz portuguesa Sofia Aparício, António Costa e Ursula von der Leyen olharam um para o outro e só depois responderam.
"Não recebi qualquer informação sobre isso, não posso comentar", disse o ex-primeiro-ministro português.
A presidente do executivo comunitário disse que também não faria comentários por não estar inteirada das detenções.
A flotilha internacional com destino a Gaza com ajuda humanitária, na qual seguiam três portugueses, entre os quais a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, foi hoje intercetada pela marinha de Israel.
Num direto na rede social Instagram, Mariana Mortágua referiu, pelas 19:45 (hora portuguesa), que a embarcação onde seguia estava a ser intercetada por navios israelitas.
Depois, a deputada indicou que os israelitas pediram para falar com o capitão da embarcação, com o direto a terminar pouco depois.
A Flotilha Global Sumud também indicou no Instagram, pelas 19:43, que várias embarcações integradas na flotilha estavam a ser "ilegalmente intercetadas".
"As câmaras [das embarcações] estão offline e militares israelitas estão a aceder às embarcações. Estamos ativamente a trabalhar para confirmar a segurança e o estado de todos os ativistas a bordo", relatou a mesma fonte.
A flotilha humanitária, composta por cerca de 50 embarcações (incluindo uma com bandeira portuguesa), partiu de Espanha com o objetivo de romper o bloqueio israelita e entregar mantimentos à Faixa de Gaza, iniciativa rejeitada por Telavive que argumenta que a ação é apoiada pelo grupo extremista palestiniano Hamas.
A Flotilha Global Sumud foi intercetada por navios israelitas quando se encontrava a cerca de 80 milhas náuticas da costa de Gaza.
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