"A maior central [nuclear] da Europa está sem energia externa há pelo menos uma semana, o que é de longe o evento mais longo em mais de três anos e meio de guerra", disse o argentino num comunicado divulgado hoje, sobre aquelas instalações da cidade a sudeste de Kiev.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha descrito a situação como crítica na terça-feira, mas Rossi assegurou que o risco é inexistente enquanto os "geradores de emergência a gasóleo" estiverem a funcionar.
Porém, trata-se da interrupção de fornecimento de energia estável mais longa em Zaporijia desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, e assumiu o controlo das instalações.
Os responsáveis pela central nuclear informaram a AIEA de que existem reservas de combustível para mais 10 dias de funcionamento pleno, segundo o mesmo comunicado.
"Se a central continua a funcionar com os geradores de emergência 'a diesel' (...), não há perigo enquanto eles continuarem a trabalhar, mas a situação não é sustentável em termos de segurança nuclear. Nenhuma das partes está interessada num acidente nuclear (...). Estou em contacto permanente para garantir o rápido restabelecimento da ligação à rede elétrica", indicou Rossi.
A central nuclear precisa de eletricidade para manter os sistemas de refrigeração e de segurança ativos, a fim de prevenir qualquer acidente, como a fusão dos seus núcleos.
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