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"Demoníaco" Bad Bunny atua no Super Bowl. O caso, as acusações (e o ICE)

Artista porto-riquenho deixou os Estados Unidos fora da digressão - revelando ter receio que "a porra do ICE (Immigration and Customs Enforcement)" pudesse "estar do lado de fora [do concerto]". Esta semana, foi anunciado como o protagonista do intervalo do SuperBowl, o que deixou os apoiantes de Donald Trump irritados: "Demoníaco", "não tem músicas em inglês".

"Demoníaco" Bad Bunny atua no Super Bowl. O caso, as acusações (e o ICE)

© Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
01/10/2025 11:30 ‧ há 1 dia por Notícias ao Minuto com Lusa

Após ter excluído os Estados Unidos da sua digressão mundial que começa este ano (e só termina no próximo), Bad Bunny foi anunciado no passado domingo como o protagonista do intervalo do Super Bowl - um dos principais eventos da cultura popular americana. A polémica 'estalou', com apoiantes de Donald Trump a ficarem indignados com a decisão, revelou esta terça-feira a Agence France-Press. 

 

O artista porto-riquenho - que passa pelo nosso país em concertos no Estádio da Luz, em Lisboa, nos dias 26 e 27 de maio - afirmou há poucas semanas em entrevista à revista britânica i-D que "houve muitos motivos pelos quais" não apareceu nos Estados Unidos "e nenhum deles foi por causa do ódio - já atuei lá muitas vezes".

Apesar de gostar "de se conectar com os latino-americanos que moram nos EUA", o cantor referiu ter receio que "a porra do ICE (Immigration and Customs Enforcement)" pudesse "estar do lado de fora [do concerto]", uma vez pessoas da América Latina poderiam deslocar-se até ao espetáculo e ser alvo de fiscalizações e deportações.

"Era algo sobre o qual estávamos a conversar e com o qual estávamos muito preocupados", confessou.

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O artista porto-riquenho Bad Bunny encontra-se a fazer uma digressão mundial e revelou que não se apresentará nos Estados Unidos. O motivo prende-se com o facto de ter receio que os serviços de imigração possam fazer rusgas do lado de fora dos seus concertos.

Maria Gouveia | 20:06 - 12/09/2025

"Vai e diz à tua avó que seremos o espetáculo de intervalo do Super Bowl"

Contudo, a informação de que Bad Bunny seria o artista a protagonizar o intervalo da Super Bowl - no dia 8 de fevereiro - foi anunciada no domingo pela National Football League [NFL], Apple Music e a produtora Roc Nation. A atuação vai realizar-se no Levi's Stadium - no estado da Califórnia -, que recebe o jogo de futebol americano, sendo que o intervalo torna-se muitas vezes na atração principal.

Em comunicado citado pela imprensa internacional, o porto-riquenho, de 31 anos, disse: "O que estou a sentir vai além de mim. É por aqueles que vieram antes de mim e correram muito para que eu pudesse entrar e marcar um 'touchdown'".

"Isto é para o meu povo, para a minha cultura e para a nossa história. Vai e diz à tua avó que seremos o espetáculo de intervalo do Super Bowl", rematou o artista.

"O espetáculo do intervalo é a derradeira celebração de música e cultura, e poucos artistas personificam essa intersecção de forma mais perfeita e autêntica do que Bad Bunny", disse, por seu lado, o vice-presidente da Apple para o setor da música e desportos, Oliver Schusser, citado no mesmo texto.

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Bad Bunny está indicado 'em peso' aos Grammy Latinos e 'prestes' a começar a sua 'tour' mundial, que exclui os Estados Unidos devido ao medo de imigrantes serem levados por autoridades. Agora, o porto-riquenho de 31 anos aceita o convite para aquele que é um dos maiores espetáculos do país.

Ana Teresa Banha com Lusa | 09:47 - 29/09/2025

Apoiantes de Trump em fúria: "Demoníaco", "não tem músicas em inglês"

Quem não ficou feliz pela escolha do artista de 'DeBÍ TiRAR MáS FOToS' para um dos mais marcantes espetáculos norte-americanos foram os apoiantes do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, avançou ontem a Agence France-Press. 

Benny Johnson, produtor de conteúdo com mais de cinco milhões de seguidores no YouTube, já tinha partilhado a sua opinião crítica, na segunda-feira, na rede social X: "Odeia o Trump", "não tem músicas em inglês", "[a Liga de futebol americano] NFL está a autodestruir-se ano após ano", referiu. 

Nas redes sociais, o cantor e a NFL, estão a ser atacados por muitos produtores de conteúdo conservadores do movimento do presidente dos EUA, Donald Trump, 'Make America Great Again' (MAGA) - 'Tornar a América Grande Novamente', em tradução livre.

Por sua vez, o produtor de conteúdo de extrema-direita Jack Posobiec, com mais de três milhões de seguidores na rede social X, também criticou a decisão: "O melhor amigo do (antigo presidente) Barack Obama, (músico) Jay-Z, gere o processo de seleção do Super Bowl através da sua empresa, a Roc Nation, que tem um contrato exclusivo com a NFL. É ele quem escolhe o espetáculo do intervalo, o espetáculo musical mais visto nos Estados Unidos", disse.

Muitas das pessoas que ficaram indignadas com a decisão criticam Bad Bunny por cantar apenas em espanhol, destacando que muitos chamam o músico de "demoníaco", segundo a Agence France-Press (AFP).

Atuação de Bad Bunny no Super Bowl deixa apoiantes de Trump em fúria

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A futura atuação do cantor porto-riquenho Bad Bunny no intervalo do Super Bowl, o campeonato de futebol americano, deixa apoiantes de Trump indignados, noticiou a Agence France-Press na terça-feira.

Lusa | 07:26 - 01/10/2025

Bad Bunny apoiou Kamala contra Trump em 2024 

Os críticos de Bad Bunny também não gostam da forma como o cantor desafia as normas tradicionais do género e da forma como se veste e se maquilha. O cantor, que apareceu vestido de mulher num dos seus videoclipes, defende os direitos LGBTQIA+ e é contra o preconceito com pessoas trans.

Bad Bunny (nome artístico do músico Benito Antonio Ocasio), um dos artistas mais ouvidos do mundo, tinha apoiado a democrata Kamala Harris contra Donald Trump para as eleições presidenciais de 2024.

Desde que regressou ao poder, o presidente republicano tomou inúmeras decisões visando as pessoas transgénero e os imigrantes ilegais, especialmente os da América Central e Latina.

Recorde-se que a digressão 'DeBÍ TiRAR MáS FOToS' inicia-se em 21 de novembro em Santo Domingo, na República Dominicana, passando depois pela Costa Rica, México, Colômbia, Peru, Chile, Argentina, Brasil, Austrália e Japão, antes de chegar à Europa.

Leia Também: Idoso processa Bad Bunny por uso indevido de 'la casita'. Pede um milhão

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