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Flotilha entra na zona de risco com destino à Faixa de Gaza

A Flotilha Global Sumud emitiu um alerta esta manhã a informar que tinha entrado na "zona de risco elevado", área em águas internacionais onde Israel já tinha intercetado outras embarcações.

Flotilha entra na zona de risco com destino à Faixa de Gaza

© Lusa

Lusa
01/10/2025 02:21 ‧ há 6 dias por Lusa

"Estamos em alerta máximo", anunciou a flotilha, na plataforma de mensagens Telegram às 01h03 (hora de Lisboa).

 

"Entrámos na zona de risco elevado, a área onde as flotilhas anteriores foram atacadas ou intercetadas. Mantenham-se em alerta", acrescentou.

A flotilha também reportou um "aumento da atividade de 'drones'" a sobrevoar as embarcações.

O grupo, composto por mais de 50 embarcações, encontrava-se a cerca de 150 milhas náuticas (240 quilómetros) da costa da Faixa de Gaza.

A Marinha israelita já disse estar pronta para intercetar a Flotilha Global Sumud.

Fontes militares indicaram à estação pública israelita Kan que a Marinha israelita planeia transferir os ativistas para um grande navio militar e rebocar as embarcações para o porto de Ashdod, com a possibilidade de algumas serem afundadas no mar.

Israel tem reiterado que não permitirá a entrada da flotilha nas águas de Gaza, mantendo o bloqueio imposto ao enclave palestiniano.

Durante o dia de terça-feira, responsáveis da Flotilha Global Sumud garantiram que a missão humanitária não iria parar, apesar dos apelos.

O Governo reiterou na terça-feira o apelo aos ativistas portugueses a bordo da flotilha que pretende levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza para que se mantenham em águas internacionais, alertando para "riscos muito sérios".

"Dada a informação disponível sobre a localização atual da flotilha, fazemos um novo apelo a que não deixem as águas internacionais; sair desse espaço comporta riscos muito sérios de que estarão decerto cientes", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, à líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, à atriz Sofia Aparício e ao ativista Miguel Duarte.

Na mensagem, a que a agência Lusa teve acesso, o chefe da diplomacia portuguesa recorda que as fragatas italianas que se disponibilizam para prestar ajuda consular e humanitária não sairão das águas internacionais.

"Sem pôr em causa o respeito pela autonomia individual, deixamos este novo apelo e recordamos que há disponibilidade efetiva para fazer chegar a ajuda humanitária que transportam a Gaza através de Chipre", insistiu o Governo.

Esta proposta, avançada por Itália e que teria a colaboração da Igreja Católica, já foi rejeitada pelos ativistas, que afirmam querer romper o bloqueio israelita ao enclave palestiniano.

Na mesma mensagem, Rangel refere que as autoridades italianas "têm reiterado este pedido para que não se deixe esse domínio marítimo internacional".

"A proteção que nos asseguraram só pode ser dada nesse espaço", sublinhou.

A Flotilha Global Sumud é considerada a maior flotilha humanitária organizada até ao momento.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 66 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 400 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.

Leia Também: Flotilha perto da zona de alto risco. "Estamos em alerta máximo"

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