"Antes de subir ao palco, conversei com o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita para lhe pedir que não recorressem à violência caso quisessem impedir a entrada dos italianos da flotilha", disse Tajani, também líder do movimento político Força Itália, durante um comício em Lamezia Terme, na região da Calábria.
O chefe da diplomacia italiana sublinhou que os participantes não representam uma ameaça militar.
"Não estão ali com intenções bélicas. Devemos evitar absolutamente qualquer problema com quem quer que seja", acrescentou Tajani.
A flotilha humanitária, composta por cerca de 50 embarcações (incluindo uma com bandeira portuguesa), partiu recentemente com o objetivo de romper o bloqueio israelita e entregar mantimentos à Faixa de Gaza, iniciativa rejeitada por Telavive que argumenta que a ação é apoiada pelo grupo extremista palestiniano Hamas.
A Flotilha Global Sumud vai entrar hoje à noite na zona de risco israelita, e encontrava-se, ao fim da manhã, a 200 milhas náuticas (cerca de 370 quilómetros) da costa de Gaza, indicou Tony La Piccirella, um dos ativistas italianos que integra a flotilha, citado pelas agências internacionais.
Nas mesmas declarações, La Piccirella disse que as embarcações não vão parar.
Na semana passada, Israel assegurou que "tomará as medidas necessárias" para deter a flotilha.
Entre os participantes de mais de 40 nacionalidades constam três portugueses: a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.
A Flotilha Global Sumud é considerada a maior flotilha organizada até ao momento.
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