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Banco de Portugal quer alargar cooperação com Banco Nacional de Angola

O diretor-adjunto do departamento de supervisão prudencial do Banco de Portugal considerou hoje haver espaço para o alargamento da cooperação com o Banco Nacional de Angola, destacando o "desenvolvimento muito importante" da banca angolana e da sua situação económica.

Banco de Portugal quer alargar cooperação com Banco Nacional de Angola

© Lusa

Lusa
30/09/2025 18:29 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Angola

António Pedro Nunes, que integra a delegação portuguesa que participa, em Luanda, no IX Encontro de Supervisão Bancária dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa (BCPLP), com foco no tema da cibersegurança, sublinhou a importância do processo de transformação digital para os bancos.

 

O responsável salientou que os bancos se devem sempre pautar pelo rigor a nível dos controlos internos e os bancos supervisores terem a capacidade de "acompanhar de perto essa evolução".

Em declarações à imprensa, António Pedro Nunes referiu que há cerca de seis anos foi implementado um processo de supervisão sobre o tema da cibersegurança e este controlo tem sido feito com os bancos que têm presença em Portugal, através dos seus órgãos de administração.

"A nível bilateral, acho que podemos reforçar esses contactos, acho que podemos reforçar, acho que há campo para isso, porque, de facto, todos podemos aprender uns com os outros. As realidades são distintas, mas há sempre situações que nos permitem aprender uns com os outros", realçou.

 Na abertura do encontro, o vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Domingos Pedro, disse que os 'hackers' têm estado a protagonizar várias intervenções e vários ataques às instituições financeiras, daí a importância de se abordar este tema e partilhar experiência entre a comunidade lusófona.

Sobre a situação em Angola, Domingos Pedro disse que o BNA tem estado a tomar medidas, em parceria com os bancos, para mitigar os ataques cibernéticos contra instituições financeiras angolanas.

"A nível mais estratégico, o Banco Nacional de Angola está a preparar um quadro abrangente sobre a cibersegurança, está neste momento a ser finalizado e nos próximos tempos, muito em breve, esse quadro vai ser partilhado com a sociedade", referiu, salientando que decorre já um trabalho com as instituições financeiras no sentido de cada uma reforçar os seus mecanismos internos de segurança, bem como partilhar a experiência com as outras instituições.

Domingos Pedro referiu que, nos últimos anos, Angola tem vindo a implementar um conjunto de reformas alinhadas às boas práticas internacionais, para elevar a confiança no sistema financeiro.

"No contexto de Angola, o BNA tem vindo a ajustar e a reforçar o seu quadro regulamentar com o objetivo de estabelecer modelos adequados e eficazes de gestão e de supervisão, ao mesmo tempo que trabalha para fortalecer os mecanismos de prevenção e atuação das instituições financeiras, para melhor lidar com este fenómeno", acrescentou.

Em 2024, o governador do BNA, Tiago Dias, divulgou que o banco central angolano registava uma média diária de 250 tentativas de ciberataques, mas a tendência era de diminuição comparativamente a 2023, ano em que se verificaram, por dia, cerca de 350 tentativas.

"Nessas questões de cibersegurança, não existem padrões fixos, há instituições que sofrem, por exemplo, mil ataques num mês, há outras que sofrem 200 ataques numa semana, depende muito do tipo de ataque, também da apetência dos 'hackers', nós não controlamos, que nem precisam estar aqui no nosso espaço geográfico, algures no mundo a testar os sistemas. O importante é que os bancos se dotem de mecanismos de prevenção suficientes para mitigar este problema", vincou.

O vice-governador do banco central angolano frisou ainda que os países da CPLP encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento a nível de cibersegurança, mas o risco cibernético, na sua generalidade, continua a apresentar muitos desafios comuns.

Leia Também: BPI encaixa 103 milhões com venda de 14,75% do Banco de Fomento de Angola

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