Estas declarações de Donald Trump deverão aumentar o clima de tensão com Caracas.
Segundo Trump, após os ataques aos barcos, o fluxo de droga para os Estados Unidos foi reduzido a zero.
"Nenhuma droga está a entrar no nosso país por via marítima", garantiu, em declarações à imprensa.
"Agora vamos analisar os cartéis. Vamos analisar muito seriamente os cartéis que chegam por terra", acrescentou Trump.
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, assinou na segunda-feira um decreto que declara o estado de 'Comoção Externa', um estado de emergência com circunstâncias excecionais, que entra em vigor em caso de agressão externa.
A possibilidade de ataque à Venezuela surgiu depois de Trump e de outros responsáveis da sua administração terem admitido, à imprensa, estar preparados para "usar todo o poder" dos Estados Unidos para combater o tráfico de drogas no qual acreditam que o Governo de Maduro está envolvido.
"Veremos o que acontece com a Venezuela", disse Trump, em resposta a uma pergunta específica sobre futuros ataques, acrescentando que o país sul-americano continua "muito, muito perigoso".
Trump anunciou, no início do mês, que as Forças Armadas norte-americanas "atacaram narcoterroristas" do gangue criminoso 'Tren de Aragua', operação que provocou 11 mortos.
Segundo adiantou, o ataque aconteceu enquanto os terroristas estavam no mar, "em águas internacionais, transportando narcóticos ilegais, a caminho dos Estados Unidos", e acrescentou que o barco tinha saído da Venezuela.
Com vista a combater o tráfico de drogas, os Estados Unidos deslocaram oito navios militares com mísseis e um submarino de propulsão nuclear para áreas de mar próximo das costas da Venezuela.
Em resposta, Nicolás Maduro queixou-se de que a Venezuela enfrenta o que considera a "maior ameaça que se viu" no continente "nos últimos 100 anos" e assegurou que o país "pegará em armas se for agredido".
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