Já é conhecida a identidade de uma das quatro vítimas mortais do ataque na Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em Grand Blanc, no estado norte-americano do Michigan, que aconteceu no domingo, dia 28 de setembro.
John Bond, de 77 anos, era um veterano da Marinha norte-americana. Foi baleado mortalmente pelo homem que abriu fogo dentro da igreja.
O veterano, que serviu no Vietname, tinha seis filhos e dez netos e, de acordo com a Fox2, antes de morrer, queria ligar para a sua mulher, Joanne.
Para pagar as despesas fúnebres, a família de Bond decidiu criar uma campanha no GoFundMe.
"John Bond, marido, pai e avô amado, foi baleado e morto no ataque à Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no dia 28 de setembro de 2025", pode ler-se.
A família acrescentou ainda que John "era um membro conhecido, querido e ativo na comunidade" e que esteve na Marinha durante nove anos.
Era "apaixonado por golfe e comboios" e "gostava de passar o tempo com a família e os netos".
O que aconteceu? Quem era o suspeito?
O tiroteio aconteceu durante a tarde de domingo e fez quatro mortos e oito feridos, incluindo crianças.
Thomas Jacob Sanford, de 40 anos, que foi identificado como sendo o suspeito, abalroou a porta da frente da igreja com uma carrinha prateada e adornada com duas bandeiras dos Estados Unidos. Após abandonar o veículo, disparou contra "centenas de pessoas" que celebravam a missa de domingo, incendiou a igreja e foi morto pelas autoridades.
Note-se que a polícia ainda não deu conta do motivo para o ataque. Contudo, o agressor tinha antecedentes criminais por roubo e por condução sob o efeito de álcool, informaram as autoridades, em conferência de imprensa, na segunda-feira.
De junho de 2004 a junho de 2008, Sanford integrou o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, confirmou a ABC News. O mesmo meio apurou que o homem chegou ao posto de sargento e foi destacado para participar na Operação 'Liberdade do Iraque', em agosto de 2007.
O militar, que se especializou no manuseamento de veículos, deixou o exército em março de 2008, após trabalhar na logística de combate em Camp Lejeune, na Carolina do Norte.
O filho de Sanford, Brantlee, nasceu com uma doença rara conhecida como hiperinsulinismo, em que o pâncreas produz insulina em excesso. Causa, além disso, complicações a nível cerebral.
Uma fotografia divulgada em 2019 na rede social Facebook retrata Sanford com uma t-shirt de apoio a Trump, na qual é possível ler-se “Reeleja Trump 2020” e “Faça os liberais chorar novamente”.
No domingo, Donald Trump classificou o tiroteio como "outro ataque contra cristãos".
"O suspeito está morto, mas ainda há muito a saber. Parece tratar-se de mais um ataque contra cristãos nos Estados Unidos. A Administração Trump manterá o público informado, como sempre fazemos. Enquanto isso, OREM pelas vítimas e pelas suas famílias. ESTA EPIDEMIA DE VIOLÊNCIA NO NOSSO PAÍS TEM DE ACABAR IMEDIATAMENTE!”, escreveu, na Truth Social.
Este foi o mais recente de muitos ataques a tiro a locais de culto nos Estados Unidos nos últimos 20 anos, incluindo um em agosto, que matou duas crianças durante a missa na Igreja da Anunciação, em Minneapolis.
Leia Também: Novo balanço aponta para quatro mortos em ataque a igreja Mórmon nos EUA