"Não estamos em guerra, mas já não estamos em paz. Precisamos de fazer muito mais pela nossa segurança", disse Friedrich Merz em Düsseldorf, no oeste da Alemanha, durante uma reunião organizada pelo jornal Rheinische Post.
O Chanceler alemão mencionou também as "violações do espaço aéreo há semanas", indicando que "a situação está a agravar-se", referindo-se às recentes violações do espaço aéreo em países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), como a Polónia, a Estónia e a Roménia, por drones russos.
A Dinamarca e a Alemanha também foram invadidas por drones da Rússia.
"Pode presumir-se que os drones vêm da Rússia", disse Merz, referindo-se à tarefa de abater um drone de oito metros de comprimento no céu como "nada fácil".
Em relação à guerra na Ucrânia, que começou com a ofensiva russa em território ucraniano em 2022, o primeiro-ministro alemão disse que o "nervosismo" está a crescer na Rússia, o que explicaria o atual comportamento "agressivo" do regime do presidente russo, Vladimir Putin.
"É uma guerra contra a nossa liberdade e a coesão europeia", defendeu o Friedrich Merz, alertando que a guerra na Ucrânia ainda tem elementos que podem prolongar o conflito.
"As guerras terminam com derrota militar ou exaustão económica, ambos os lados estão longe de qualquer um dos dois", apontou Merz.
O chanceler alemão referiu também questões de política nacional na reunião em Düsseldorf, como a ascensão da extrema-direita no país, particularmente no leste da Alemanha.
Friedrich Merz também mencionou medidas sociais que o seu governo planeia implementar em 2025, como a reforma do seguro de desemprego.
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