O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu começou o seu discurso a agradecer a Donald Trump a sua "amizade e liderança", realçando que o presidente norte-americano provou "mais uma vez, que é o maior amigo que Israel alguma vez teve na Casa Branca".
Netanyahu confirmou que apoia o plano apresentado por Trump para pôr um fim à guerra na Faixa de Gaza e, para além disso, estender a paz a todo o Médio Oriente.
"Eu acredito que hoje, tomámos um passo crítico no sentido de terminar a guerra em Gaza e montar o plano para avançar dramaticamente a paz no Médio Oriente - e acho que até para além do Médio Oriente", afirmou.
Por isso mesmo, o primeiro-ministro israelita confirmou que apoia o plano de Donald Trump para "pôr um fim à guerra em Gaza" que, aliás, "concretiza os objetivos" já almejados por Israel.
"Vai trazer de volta os nossos reféns, desmantelar as capacidades militares do Hamas e o seu domínio político, e garantir que Gaza nunca mais será uma ameaça para Israel", esclareceu Netanyahu.
Caso o Hamas concorde com plano de Trump, o primeiro passo será "uma retirada modesta, seguida pela libertação de todos os reféns dentro de 72 horas".
"O passo seguinte será o estabelecimento de um corpo internacional responsável por desarmar por completo o Hamas e desmilitarizar Gaza", afirmou o líder de Israel.
Contudo, Netanyahu deixa o aviso: "Se o Hamas rejeitar o plano ou se supostamente o aceitarem e depois fizerem tudo para o contrariar, então Israel vai terminar o trabalho sozinho".
"Isto pode ser feito da maneira fácil ou da maneira difícil, mas vai ser feito", garantiu. "Nós queremos que seja feito da maneira fácil - mas tem de ser feito", frisou, acrescentando que Israel não "lutou nesta guerra horrível e sacrificou os seus melhores jovens para, no fim, o Hamas permanecer em Gaza".
Para garantir exatamente que isso não acontece, as forças israelitas vão permanecer no enclave dentro do perímetro de segurança estabelecido "no futuro próximo".
Também quanto ao governo do enclave, Netanyahu deixou uma palavra. Como já era expetável afirmou que o Hamas não podia continuar a liderar Gaza, mas disse ainda que a própria Autoridade Palestiniana (que governa a Cisjordânia ocupada" não terá "qualquer papel a desempenhar" em Gaza sem mudanças "radicais".
Após o discurso, Netanyahu recusou responder a perguntas dos jornalistas.
[Notícia atualizada às 20h30]
Leia Também: "Dia histórico". Trump agradece a Netanyahu por concordar com plano